- Check my paranoia -

terça-feira, abril 30, 2002

Idéia de terapia...
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Um dos melhores lugares para se ouvir música é o carro. Nesse pequeno universo reservado, o som pode ser tocado no volume que se quiser, a voz não precisa ser controlada: pode-se gritar com todas as forças sem se importar em incomodar ninguém ou correr o risco de ser chamado de louco (é claro que se você começar a bater a cabeça no volante fazendo caretas para as pessoas na rua enquanto invoca o nome de satanás talvez as pessoas comecem a lhe olhar meio torto...). E outra coisa, ninguém vai avaliar o quão mal você canta, ou vai pensar no quanto a idéia de derramar ácido na própria cara parece melhor do que ficar ouvindo a sua voz de taquara rachada... É você isolado no mundo dentro do seu próprio espaço. Faça o que quiser com ele.
Se você não dirige, ou não tem carro, tudo bem, peça para um(a) amigo(a) que tenha carro e com quem você tenha bastante intimidade e peça pra ele ir andando por aí sem destino, só ir indo... a marginal é uma ótima escolha. A marginal é ótima para se pensar uma reta só, veloz, e ainda dá pra ir pra um monte de lugar a partir dela. Mas escolha a pessoa certa, não quero acabar com uma amizade... hauahuahu nem todas as pessoas estão preparadas para ouvir você cantando. Estou falando sério.
Bom, de qualquer jeito o ideal é se escolher uma música boa (duh! Jura?) vou dar minha opinião pessoal sobre uma música, a música tema dos T4h (the four horsemen): “the Sweater Song” do “Weezer”.
Primeiro vou contar a estória por trás do T4h. O meu clan de Counter-Strike (sim, os jogadores de Counter se aglomeram e formam pequenas comunidades chamadas de clan) se chama ICP (Insane Clan Project) homenagem à banda de mesmo nome de rap americano ICP (Insane Clown Posse). Mas isso é assunto para vários blogs...
Bem, o que vem ao caso é que dos mais de vinte negos que tinham no clan apenas quatro se dispuseram a ir pra Niterói jogar um campeonato. Na verdade vários caras furaram na última hora..., e nenhum dos outros toparam ir... Bah!
Detalhe: o campeonato era para times com CINCO jogadores. Belezera... tínhamos confiança no nosso potencial, iríamos pegar um mano parado para completar pra gente no Rio, e íamos ganhar aquela porcaria. Nenhuma desistência de última hora ia atrapalhar nossos planos de ir ao Rio.
Bem de qualquer forma os quatro eram:
XXX-Wing (eu), The Big Bad Frog, Mars e Tony Gordo. Sim, no mundo de Counter todos ganham nicks no lugar de nomes.
Foi difícil realmente sair de São Paulo, várias dificuldades para sairmos até o Rio. A mãe do Tony quando olhou pra minha cara e descobriu que eu era o motorista relutou em aceitar (será que eu tenho cara de imprudente?). Seu coração deu pulos de preocupação e ela logo se afligiu. Mas dei o meu sorriso tranqüilizador, pisquei para ela, estendi a mão e olhei para ela como quem diz: Confia... hauhauahuahua Não foi bem assim, mas ela deixou a gente ir. Na verdade íamos levar também um outro carinha que não era do clã, conhecido nosso, o Cremucho. Mas sua mãe quando soube que íamos de carro, se desesperou e teve crises de choro... (essa parte não é brincadeira) Assim que soube da notícia, liguei para ela, dei um sorriso tranqüilizador, pisquei para ela, estendi a mão e olhei para ela como quem diz: Confia..... mas não adiantou. Talvez por que ela não conseguia me ver pelo telefone ou talvez porque eu estou mentindo largo e eu nunca liguei pra ela hauhauahuahahuahu Nós nunca vamos realmente saber... vamos?
Bom, a viagem prosseguia, com nós quatro, mas estávamos com um dilema (que nos persegue até hoje de maneiras diferentes), o dilema do QUINTO MEMBRO... Quem será que conseguiríamos pegar no Rio? Talvez conseguíssemos completar com alguém realmente bom... tínhamos alguns contatos no Rio, o que nos dava esperança...

Bem, saímos depois da meia-noite e chegamos lá, já de manhã, cansados, sem dormir (eu ainda fui dirigindo :/) e fomos para o lugar do campeonato. Os jogos iam começar em algumas horas, então pegamos um hotel fulera perto do lugar e voltamos para jogar, ainda com a sombra do quinto membro-fantasma a assombrar nossas mentes... Perguntamos por pessoas que se dispusessem a jogar e estivessem sem time. Bem, àquela hora da matina, em uma loja de jogos, realmente é impressionante que apenas uma das pessoas presentes estava sem time, seu nick: Parasite. O destino não poderia ser mais irônico, e o nick não poderia ter encontrado melhor dono. O cara era bézarro, estranho, sinixtro (como dizem os cariocas), maquiavélico, bézonho, tosco, freak, grotesco, pepa total..., bem vocês entenderam a idéia, e falou que jogava a algum tempo, de um modo não muito convincente..., mas estávamos no desespero, entendem? Tipo final de festa? Tá bom, não tem tu vai tatu mesmo... estávamos dispostos a tentar. O cara era muito horrível, a aparência do sujeito era melhor do que o que ele jogava, atrapalhava o time e ainda reclamava das nossas táticas primorosas (uhu!). Minha irmã jogando com um tapa-olhos de pirata jogaria melhor do que ele... Apesar dele ganhamos faciiiinho os primeiros jogos... Nosso time era bom! Quando pegamos um time melhorzinho, apesar do jogo ter sido equilibrado, perdemos. E ainda tivemos que escutar o mala do Parasite sem noção total reclamando... E a gente se estressando... E reclamando dos benditos fdps do nosso clan que nos deixaram na mão... qualquer um que tivesse ali e tenho certeza que teríamos ganhado aquela porcaria...
Mas tudo bem, depois de alguns jogos fomos para a disputa de terceiro lugar com um dos melhores times de lá... Como era disputa de terceiro lugar, não tínhamos chance de levar o prêmio que valia mesmo, e como não agüentávamos o bendito Parasite no time, falamos para ele que preferíamos jogar com quatro do que com ele no time.. Fomos sinceros. Um pouco cruéis. Mas sinceros. Ele entendeu, ou pelo menos aceitou... (estávamos em quatro... hihi :D) E lá fomos nós jogar 4 contra 5 com muita raça, e principalmente se divertindo muito durante o jogo, nunca rimos tanto em um jogo de campeonato... Jogávamos com entusiasmo, alegria de estar sem o mano...
Quase ganhamos, foi por muito pouco. Muito pouco mesmo. Fomos bem melhor do que se tivéssemos com o Parasite porque além dele atrapalhar a gente, ele nos estressava muito durante o jogo. Jogamos como nunca jogamos ou jogaremos, e com certeza impressionamos os cariocas (recuperamos nosso orgulho...) hauhauahuahua... Em homenagem aquele dia críamos uma aliança formada por apenas nós quatro, uma subdivisão dentro do clan (aqueles malditos furões! Grrr hauahuahua), o T4h (os 4 cavaleiros do apocalipse – the four horsemen):
XXX-Wing: Pest (ou Plague)
Mars: War
Frog: Death
Tony: Hunger (ou Famine)
Cada um com sua frase, acho que a minha era: Pest: “Peace will come, but whether born of harmony or entropy I cannot say.”
No dia seguinte, depois de acordar voltamos.
Sim, estávamos cansados.
Fudidos e mal-pagos.
Estávamos saturados do Parasite, dos cariocas e etc.
Estávamos putos com o nosso clã.
Estávamos com pouca grana.
Já tínhamos aguentando alguns cariocas folgados.
Aguentamos até ver o Frog rebolando de toalha! Bézonhooo.. Xezuisss nunca mais quero ver isso!!
Mas a viagem no carro foi animal! hauhauauha. Tipo eram 4 manos em um Corsa... Não havia muitas expectativas de que uma viagem de quase 6 horas fosse boa.
Mas foi.
Falamos muita besteira, e a viagem inteira (ida e volta) viemos ouvindo principalmente música estilo New Metal, Limp Bizkit, Linking Park, Papa Roach... por aew. Apesar do som ser muito animal, o “momento mágico” (“momento mágico” é uma referência ao livro “Clube dos Anjos” do Veríssimo, já citado no blog , depois eu posto sobre “momento mágico” também se você estiver com preguiça de ler) aconteceu com uma banda que quebrava o monopólio da barulheira e nos cativava por sua melodia. Sim, você acertou se chutou Weezer. E a música mais tocada foi... yep “Undone - The Sweater Song”. Uma música que contaminava o carro com sua alegria despojada, seu refrão fácil, sua melodia agradável, podíamos gritar a vontade, libertar toda a raiva que sentíamos do mundo, do Parasite, dos ICPs furões. Sim, era um hino de liberdade e que cantávamos a plenos pulmões! O hino dos T4h! “If you want to destroy my sweateeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeer!!!!!!!!!!!!!!!! Ow ow ow!”
É a música e a terapia que eu recomendo a todos cantarem dentro do carro gritando com vontade mesmo, principalmente nos refrões! Fiz isso hoje várias vezes. Foi ótimo para minha pele. :P

Aqui vai a letra na íntegra!
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"Undone - The Sweater Song"

[Matt:] Hey bra, how we doin' man?
[Karl:] All right.
[Matt:] It's been a while man, life's so rad!
This band's my favorite man, don't ya love 'em?
[Karl:] Yeah.
[Matt:] Aw man, you want a beer?
[Karl:] All right.
[Matt:] Aw man, this is the best. I'm so glad we're all back together and stuff.
This is great, man.
[Karl:] Yeah.
[Matt:] Hey, did you know about the party after the show?
[Karl:] Yeah.
[Matt:] Aw man, it's gonna be the best, I'm so stoked! Take it easy bra'.


I'm me
Me be
Goddamn
I am
I can
Sing and
Hear me
Know me

If you want to destroy my sweater
Hold this thread as I walk away


[Mykel:] Hey, what's up?
[Karl:] Not much.
[Mykel:] Did you hear about the party?
[Karl:] Yeah.
[Mykel:] Um, I think I'm gonna go but, um, my friends don't really wanna go. Could I get a ride?


Oh no
It go
It gone
Bye-bye
Who I
I think
I sink
And I die

If you want to destroy my sweater
Hold this thread as I walk away
Watch me unravel, I'll soon be naked
Lying on the floor (lying on the floor)
I've come undone
If you want to destroy my sweater
Hold this thread as I walk away (as I walk away)
Watch me unravel, I'll soon be naked
Lying on the floor (lying on the floor)
I've come undone


I don't want to destroy your tank-top
Let's be friends and just walk away
It's good to see you lying there in your Superman skivvies
Lying on the floor (lying on the floor)

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Matt Sharp (bassist)
Karl Koch (the amazing 5th memberof weezer) -> QUE SORTE A DELES
Mykel (she runs the fanclub with carli)


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PS:
AMAMOS VOCÊ PARASITE!!! :)
(idéia de camiseta e adesivo pensada pelo T4h, quem quiser adesivo e camiseta mande uma contribuição de 15 reais para mim).

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Para quem não sabe como colocar comentários, é só clicar em um link do lado da Data escrito comentário. :D

segunda-feira, abril 29, 2002

Hoje tive um sonho.
Um sonho bem normal, nada de muito viajante. A única parte estranha nisso tudo é o fato de eu me lembrar dele, é muito difícil eu lembrar de alguma coisa quando acordo.
Antes de contar o sonho vai uma pequena introdução...
Bom, para quem não sabe, morei em São Luís do Maranhão. Morei um tempo quando era bem pequeno (na época do pré) e depois voltei a morar lá um ano entre a terceira e quarta série.
O que me lembro daqueles tempos? Bom lembro que íamos todo fim de semana pra praia... e comíamos todo domingo no rodízio... ui! Como a vida era difícil... :P Também lembro que devíamos ser um dos únicos japoneses na região, e lembro que ao invés de falar “Ow loko!” lá a expressão de espanto mais usada era: “Ééééééééguas!” huahauahauha
A primeira vez que eu morei lá, eu morei em uma casa, em um condomínio fechado, que era bem grande ou, pelo menos, quando eu era pequeno parecia bem grande... :D Não lembro muito da casa, só de algumas coisas... uns flashs soltos na memória.
O sonho que eu tive foi uma volta a esse lugar encantado da minha infância. Estava de volta ao velho condomínio que estava bastante reformado, bem maior do que eu lembrava, e no meu sonho havia várias casas com detalhes engraçados (que infelizmente não lembro..). Quando cheguei no lugar em que lembrava de ser o da minha casa, havia no lugar um Carrefour ou um Wal-Mart não lembro... Entrei lá pra tentar ver se conseguia achar minha casa, e um cara falou que se quisesse procurar por vestígios dela, ele faria algumas escavações, era geólogo (ou seria arqueólogo?) e trabalhava (apesar de estar ainda cursando a faculdade) na região fazendo essas coisas. Não sei, mas o sonho terminou por aí.
Não foi um sonho emocionante, eu sei, mas peço as pessoas que saibam interpretar sonhos e estejam aí de plantão que dêem umas idéias para a interpretação deste... Eu pensei em algumas hipóteses... talbeiz representasse essa sensação meio nostálgica que estou sentindo ultimamente, encontrar velhos amigos e coisas que teimam em mudar com o tempo :P Ou quem sabe seja apenas uma propaganda anti-capitalista conservadora do tipo as "Grandes Corporações tomando espaço dos pequenos sonhos” hauahuahauhauhauha Sei lá...

Mas falando em nostalgia gostaria de colocar uma curta e antiga estória que lembrada durante a formatura.... a estranha e sinistra estória dos... “Bagos de Aço”!
Tudo começou há um tempo atrás quando ainda andávamos bastante para ir aos lugares... Íamos andando pra lá e pra cá e durante essas caminhadas tínhamos redescoberto a diversão que é pular sela ahuahauhauha
Foi quando Paulo Jr. (Pavu ou Phreak) e o Mario (Mars) resolveram então pular sela de pé, ao invés de se abaixar para a outra pessoa pular, ficar de pé abaixando apenas o pescoço. Parecia uma boa idéia... O Mars então ficou de pé parado, abaixou o pescoço e o Pavu foi pular... E ele tomou distância e correu, mas não conseguiu pular o suficiente e bateu nas costas do Mars. O Pavu saiu ileso do lance, sem maiores dores, mas o Mars depois de um tempo reclamou de umas dores no peito...

E foi nessa época que nomeamos Pavu de “Bagos de Aço”....

domingo, abril 28, 2002


Vou até fazer esse blog em letra grande para destacar!!!
Pessoas vamos comentar esse blog inteiro!! Quero fazer deste humilde blog um fórum de debates!! Bamos!!!
Não fiquem estáticas lendo os meus textos bobos, quero que eles incitem vocês a pensarem bobagens, "Qualquer Bobagem"!! Comentem largooooooo!! Falem o que vier na cabeça!!! Vamos gogogo!! Já demorou!!
Quero todos comentando essa porcaria!!
Quero que esse blog vire um caldeirão de besteiras, de idéias furadas, coisas comédias e filosofia, mesmo que seja daquelas filosofias barata de esquina!!!!! Vamos pôr a cabeça pra pensar aeeeeeeeewwwwwww!!!
Acho muito injusto deixar na mão de uma só pessoa o trabalho de desvendar a questão: Pepa? Por isso peço a ajuda de todos vocês.. vamos juntos descobrir essa questão!! Vamos viajar ao âmago da questão!!!
Comentem crianças!!!
Todos os posts, até os mais antigos!!
Juro que vou ler todos os comentários!! E vou comentá-los!!!
Quero ver os posts que mais gerarem comentários!!! Quero medir o IBOPE de cada post!! hauhauhauhauahau UHU esse é um blog experimental acima de tudo!


aff quantas exclamções em um só post!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Mas exclamações são um recurso válido para enfatizar uma idéia :D

Os comentários voltaram! Estou testando esses novos comentários enquanto o netcomments está fora do ar! Vamos ver se é bom! :D
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Ontem foi um dia cansativo :D
Acordei cedo uh! (10:30, não é tão cedo, mas para um sábado é bem cedo vai :D)... Voltei a jogar Counter, nova versão 1.4. Passei a manhã jogando. Essa parte nem foi muito cansativa... Passou rápido, essa nova versão me voltou a empolgar!
Ás 13:30 fui para o Cepê onde iria rolar um contra no futebol da minha classe (cOOp3) contra o coop2, o pessoal um ano mais velho que a gente. Almocei e fui jogar... O pessoal da classe não apareceu... foram somente eu, o Seiji e o Papa-capim. Jogamos um mistão mostrando a força do cOOp3 uhu!
Jogamos até umas 16 e pouco... Ae voltei para casa como o Papa-capim que queria assistir o jogo do São Paulo contra os porcos. O São Paulo ganhou (no ridículo critério de cartões amarelos) o que até foi bom por dois motivos: assim os são-paulinos ficam menos arrasados quando forem massacrados pelo timão na quarta pela Copa do Brasil e a final da Rio-São Paulo fica mais fácil pro Corinthians.
Depois resolvi um assunto pendente, o que apesar do desfecho, foi muito bom. Sempre é bom resolver assuntos pendentes...
À noite eu fui na formatura do meu primo. De terno, gravata e tudo, ui que chique :D.
Foi muito legal encontrar velhos amigos vestidos todos como homens de negócio... Ow loko!
- Paulo Jr (Phreak) com um penteado muito loko (!) deixando o cabelo crescer de novo.
- Mario (Mars) aff parecia um típico italiano da mafia...
- Iuri, quanto tempo e ele não mudou nada! Só o terno que dava um ar mais sério ao garoto.
- Thomas (Tubaína) chique do úrtimo! Ah parecia outro cara vestido daquele jeito :D
- Edgar (meu primo uhu) super-elegante naquele terno de formatura com uma faixa azul na cintura e uns frufrus normais (talbeiz...). Vou evitar comentar muito porque ficar comentando roupa não é comigo! :D
- Ju (minha irmã) com um penteado muito style tipo meio ondulado que ficou muito diferente mas muito loko!
A noite começou com uns vídeos passando no telão do pessoal sendo filmado na formatura. Isso e aquela música de elevador deram àquele ar de vídeo caseiro antigo sendo assistido depois de muito tempo (tipo "Anos Incríveis" quando o Kevin vê aqueles videos de quando ele era pequeno), o que me trouxe uma sensação de nostalgia incrível apesar do vídeo estar sendo filmado ainda! Depois na abertura teve uma daquelas performances de "arte" intelectual, que eu realmente eu não entendi nada... Uma música estranha, um pessoal vestido de colant branco dançando com uma bola... A arte realmente pode ser incompreensível... E chata...
Depois tocaram várias músicas, umas boas, muitas ruins, mas quando fomos pra pista a música não importava, era só mais um motivo pra fazer folia... E depois quando veio a escola de samba "Vai-vai" uhu, engraçado ver o pessoal sambando de terno uhu.. Se aquilo que eu fiz pode ser chamado de sambar... AHAHAHA
Foi divertido...
Voltei pra casa umas 5 exausto.. e dormi.
LARGO...


sábado, abril 27, 2002

Tou cansado.
Tou uma caca.
Que saco.
Tava esperando...
...
Vou descansar.
Não consegui.
Perdi o blog de sexta.
Primeiro dia sem blog.
Boaaaa.
Tou de mal-humor.
Depois escrevo melhor.
Esse blog fica como o de sexta.
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mais poemas pra encher buraco de dias sem inspiração:
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esquecimento

pedras que brotam no caminho
e me deixam aqui a sussurrar...
sozinho sozinho...
o abandono palpável.
a dor, abstraída do conceito de tempo ou espaço.
o corte frio da lâmina de precisão cirúrgica.
o vento zune seco.
o vazio abstrato abstrato concreto de esperanças não concretizadas,
esvaziadas pelo completo nada.
o eclipse do que poderia ter sido,
o vislumbre do que não pode ser.
e esse vento que zune seco...
dói na alma.
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Fugaz

Nós

eu e você atados
como

Nós
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Chuva de verão

Corro enquanto a chuva cai,
enquanto durmo em paz,
enquanto vivo e nada mais.

corro então a chuva cai,
então o eterno se desfaz,
então a poça é meu cais,

corro porque a chuva cai,
porque o mundo me atrai
porque o mundo imundo me trai.

corro e a chuva cai,
e o tempo sujo jaz,
e o mundo fica pra trás.

corro mas a chuva cai,
mas a gota não sai,
mas o vento me distrai.

E por um segundo sinto a vida em meu pulso.
e de tão intensa a chuva pára.
e o que sobra daquele maravilhoso aguaceiro,
é apenas minha chuvinha interna, pequena, irritante, contínua e densa
que não sai de mim.
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razões
A água escorre pela calha,
o cheiro de chuva ainda paira no ar,
o sol surge ao longe em meu rosto,
ainda sinto o gosto salgado das lágrimas,

abro os meus olhos.

Não sei o motivo do choro...

Não me culpo.
Nem me preocupo.

Afinal,
Sabem as nuvens o motivo da chuva?
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Ah! Éder valeu pelo "feedback" via ICQ :D Vou tentar, mas não sei se vou conseguir fazer o que vc pediu :D

quinta-feira, abril 25, 2002

Hoje não é dia de se escrever.
Vou postar um conto antigo da minha época de colégio na íntegra (não vou reescrever nenhuma parte, ou corrigir erros gramaticais).
O tema é amizade.
Primeiro de uma série de três.
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Conto - tema: amizade
fabiano tiba - nº 17 -3º colegial A
título: “pincelada”

“Hoje as pessoas vão morrer...
hoje as pessoas vão matar...
o espiríto fatal e a psicose da morte estão no ar...”
- Pato fu -



A singela manhã naquele parque parecia ainda mais estranha, o céu estava mudo e parecia que chorava, escuro e deprimido, as pessoas permaneciam ausentes, o clima atraiçoava todos, mas os dois meninos conversavam. Bem, conversavam não é bem o termo certo pois ainda que os dois se comunicassem, eles utilizavam apenas sinais e símbolos de seus próprios universos, a parte daquela manhã rude.
O menino mais velho sentava com as mãos em seu joelho, curvado e observava um pássaro que fazia divertidamente um passeio pelo céu. O outro apenas cantarolava, ao som de seu walk-man e nem percebia o que acontecia ao seu redor.
O fato é que o silêncio só foi quebrado quando o mais velho pronunciou do nada, algumas palavras ao vento...
- Sabe, Tim... gostaria de pedir um favor, como um amigo.
O pássaro estremeceu no céu, como que pressentisse, e se acolheu a seu ninho. Ao longe uma trovoada intimidava. A chuva estava para chegar, o clima era escuro, as trevas vinham abraçando. A garoa, inclusive, já umedecia as faces dos dois amigos, sentados, calmos. Na face dos dois, a chuva e as posteriores lágrimas já se misturavam.
O pássaro com essa penumbra toda, esta cinzeira toda do céu, tomava feições assustadoras. As árvores pareciam outras, como se tivessem acabado de nascer, negras, cínicas, traiçoeiras. O pássaro arrumava seu ninho, desordenado pela chuva e pelo vento. E se arrependia amargurado, mas a chuva estava vindo! Avançando e tomando espaço.
Os dois meninos continuavam a conversar, porém não fiquei a ouví-los, deixei-os com suas privacidades. Afinal, tratavam apenas de algumas formalidades.
Trovejou.
O pássaro, pela luz do raio, percebeu então finalmente o buraco em seu ninho. Quase caiu em desespero, e não agüentou, chorou, olhar flébil, cansado. A exaustão era tremenda.
- Por que não? Você acha que eu tenho medo da morte? Você não entende mesmo... eu tenho medo... - chorou em desabafo Mobi - não tenho medo de morrer, mas de apertar o gatilho..., - enxugou o rosto com as costas da mão e continuou - por isso lhe peço... me mate que eu não consigo!
Chovia torrencialmente já, e minha curiosidade crescia, a conversa tomava ares sérios. Os dois amigos ensopados continuavam ali sentados, chorando e falando, discutindo e morrendo, impassíveis ao resto. O pássaro saiu para voar enfrentando a chuva, enfrentando a própria realidade.
- Minha vida Tim... minha vida é um nada, uma coincidência... não há razões ou propósito para nada... Imagine o que é viver sentindo-se um zumbi, fazendo as coisas por fazer, sem que nada faça mais sentindo. - e disse isso com a sinceridade do mundo.
O pássaro voou, um século talvez, enquanto os dois discutiam, até que sentou em frente aos dois, em uma árvore. Seu coração batia. Naquele momento, Tim já estava convencido, Mobi estava certo. Qual era o sentido de tudo mesmo? A vida realmente não é nada, aquela chuva é ilusória, tudo é uma farsa.
O céu já começava a clarear, e no horizonte podia-se ver a luz do sol que brilhava apesar das nuvens. Mobi estava com a arma na mão.
- Sabe Mobi, o que eu vou lhe ensinar, nunca esqueça... que é lição para o resto da vida. Desculpe ser dessa maneira, mas só assim você entenderá. Eu faço isso por ser seu amigo.
O pássaro se limpava e observava a cena de longe. Mobi, então, armou o revólver e fez um gesto, confiando seu “suicídio” a Tim.
- Lembre-se: ter medo é bom! - concluiu Tim solenemente antes de pegar o revólver que o amigo lhe entregava.
O pássaro piscou fugindo da cena.
“Feche a porta, esqueça o barulho
feche os olhos, tome ar: é hora do mergulho
Eu sou moço, seu moço, e o poço não é tão fundo” - proclamou sábio o walk-man.

- NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO!
O corpo de Tim caia, o revólver na mão, o sangue espirrando, os olhos revirados. E o tiro, em uma daquelas coincidências que merece ser transformada em conto, acabou por acertar de raspão a asa do pássaro.
Mobi correu ao encontro do amigo e abraçou-o, manchando-se de sangue, e gritou ao berros, esgoelando-se de dor:
- TIM, SEU BURRO! O QUE VOCÊ FEZ? ERA PARA VOCÊ TER ME MATADO! Não... - disse Mobi em choro, afundando a mão na poça e na lama. Seu...burro... - e chorava e socava o corpo do amigo com raiva de tudo e se desesperava em feições diversas e despertava e ria e gargalhava e novamente chorava e parou.
O pássaro caiu no chão, e se contorceu querendo partir para terras distantes, deixando no parque a alma do menino. E o menino berrava, como se tentasse falar com alguém ausente, e novamente chorava pois tinha finalmente compreendido. Estendia o braço ao céu por tamanho pecado.
O walk-man enquanto isso falou a quem se dispusesse a colocar os fones:
“Super-homem não supera a superfície
Nós mortais viemos do fundo
Eu sou velho, meu velho, tão velho quanto o mundo... ”

E o pássaro aprendeu a andar.




“Já perdemos muito tempo brincando de perfeição
Esquecemos o que somos: simples de coração...”
- Engenheiros do Hawaii -

quarta-feira, abril 24, 2002

Estou escrevendo direto do trabalho... aproveitando horário de almoço.
Ah! Ter de pensar logo depois do almoço (e ainda após ter ido comer na Pizza Hut) é uma crueldade. Um atentado aos direitos mais básicos da humanidade.
Mas tudo bem, eu faço um esforço.

Vou falar as primeiras coisas que aparecem na minha mente:
nah... nem deu certo. Pensei em muitas coisas e nem sei o que pensei primeiro.
É ruim escrever um blog assim de improviso, escrever bem rápido sem ter pensado em nada.
. . . . . . . . OPS! Consegui escrever algo a mais :D
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É os comentários ainda não voltaram. (Netcomments... sniff...) Estou com saudades deles... Percebi que é muito importante ter um “feedback”, ter resposta, comentários dos leitores. Essa troca de mensagem entre autor e público, esse diálogo, se torna grande parte da motivação e inspiração de se escrever um “blog”. Eu prefiro saber que vocês não estão gostando de nada: “Que pipa pepa o que pô! Que saco! Este blog é vários pentelhos...!” do que eu ficar nesse vazio, não ter nenhuma resposta, não ter idéia da situação. É melhor ser vaiado à não enxergar o público.
O ser humano vive de respostas à estímulos, sempre vamos nos acertando conforme o “feedback” que recebemos. Um dos mecanismos mais importantes para a vida de uma pessoa é a dor. Através dela sabemos os limites de nosso corpo, sabemos quando estamos nos machucando, e evitamos (ou não) nos prejudicar.
Mas a dor física não é a única dor que nos guia, há a dor emocional.
Se conseguíssemos nos tornar completamente frios, desligássemos nossos sentimentos e agíssemos exclusivamente por nossa razão, estaríamos mais aptos a sobreviver? Eu acho que não. Do mesmo modo que uma pessoa que não sente dor física muitas vezes quebra até alguns ossos sem perceber, as pessoas que fossem totalmente insensíveis à dores emocionais, acabariam por se quebrar inteiro por dentro e não sentiriam. Somente quando fossem olhar pra dentro de si é que viriam a caca, e essa hora talvez fosse tarde demais.
Por isso acho importante sofrer de vez em quando. Só para sentir o gostinho do que é estar vivo.
Ir, quebrar a cara, sofrer, chorar, se angustiar e depois se reerguer. “Life is goooood!”.
Esse processo é muito bom para acordar desse sono molenga do cotidiano.
Vou resumir um filme que eu vi que tratava mais ou menos desse assunto (seria muito interessante contar o filme inteiro, mas seria também muito longo). No filme tinha um controlador de vôo (interpretado pelo John Cusack) que começa a ficar meio neurótico (por uma série de coisas) e não consegue mais viver a vida normal dele. Para tentar resolver sua vida, ele vai atrás de um colega de trabalho com quem tinha brigado (por causa de suas mulheres, uma dela interpretada pela Angelina Jolie) e que por isso tinha fugido dele. Chegando lá, depois de conversar com ele, para “curar” aquela neurose, o colega o aconselha a pular no rio semi-congelado e ficar lá deitado. Ele não entende o propósito e se recusa. O colega lhe propõe outra coisa; os dois vão até o aeroporto e ficam atrás de um avião. Quando o avião decola, os dois são lançados para longe, e se esfolam todo.
Os dois totalmente estourados se levantam. O cara que estava neurótico, meio sem entender, se sente novo, se sente vivo novamente (um processo na literatura conhecido como catarse ou purificação, um evento que tipo “purifica” e renova os personagens, normalmente associado com chuva ou algo do tipo). Após essa experiência ele volta para casa e consegue finalmente viver sua vida normal.
O que esse filme tem a ver com o blog de hoje? Bom, caso você esteja se sentindo meio incomodado, entediado, vá e faça algo sem sentido, enfie a cabeça em um balde de gelo, desça uma escada de cabeça (não vale usar as mãos), tropece na esteira de propósito, coloque os pés debaixo de um ônibus, monte um "Clube da Luta", sei lá. Se rache com gosto e com vontade. Vá lá e quebre a cara meeesmo.
Lembre-se de depois se reerguer. Se tudo ocorrer bem, verá que a vida faz mais sentido.
O mundo está tão monótono, sem grandes causas para lutar, sem motivações maiores do que nossa individualidade, que faz bem passarmos por situações extremas (mesmo que forçadas), para vivermos.
É claro que isso é válido se você não encontrar sua dor própria no próprio cotidiano mesmo.
Mas enquanto vivemos nessa mansidão, vivendo a vida, pastando, papando capim, aos poucos vamos percebendo que a grama não tem mais sabor.
É bom dormir.
Mas é bom acordar de vez em quando.
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PS: Este blog não tem a intenção de estimulá-lo a cometer atos que proporcionem riscos à saúde. São especulações meramente hipotéticas para incitar algum pensamento, que não devem ser tratadas como verdade, ou como se fossem minha opinião. Não estimulo você a fazer loucuras mesmo porque sei que você não teria coragem... Senti que você é meio mariquinhas... Na verdade eu até DUVIDO que você faça algo do tipo.... franguinho... pff...
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“Ninguém me chama de franguinho!” - Algum McFly para algum Beef.
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Ah esqueci de dizer também que quando os comentários voltarem quero todo mundo comentando em todos os tópicos!! Quero uma inundação de comentários, uma chuva torrencial de opiniões diversas adentrando esse humilde blog!
“Não quero nem saber! Ah meu vai se f****, quem não escrever aqui pode passar no RH, que tá demitido!”.

terça-feira, abril 23, 2002

Boas notícias... estou sem internet em casa temporariamente.

Mas ainda sim vou tentar postar no blog ainda diariamente...
Não posso escrever muito pq estou no trampo.

Que o Pepa esteja com vcs! :D
Se der dou uma editada posterior nesse post falando mais alguma coisa...

segunda-feira, abril 22, 2002

Esqueça seus pensamentos antes de entrar nesse blog.
Deixe-os de lado. Faça o que quiser, mas não entre com eles aqui.
Por favor, assim como em alguns lugares se pede para tirar o sapato, hoje eu peço para que adentrem aqui sem pensamento algum.
Está fazendo frio dentro desse blog, não?
Um silêncio...
Abstraia tudo isso, não tenha pensamentos! Não enquanto estiver aqui...

“Hey boy!
Hey girl!
DJ´s....
Here we go...”

Mergulhe nas palavras, esqueça das preocupações.
Por um momento pare.
Fique sério.
Esvazie completamente a sua cabeça... Concentre-se, vamos lá concentre-se! Deixe os problemas, as aflições saírem, deixe o silêncio, o absoluto nada invadir o lugar.
Não durma.
Contamine-se pelos barulhos do ambiente, se sinta imerso como se fizesse parte de algo maior.
Fazemos parte de algo maior?
Não, não pense! Sobretudo não pense.

“Hey boy!
Hey girl!
DJ´s....
Here we go...”

Outra exigência. Se mantenha sério.
Faça o movimento que quiser com seu corpo, coçe a cabeça, plante bananeira, mas não pense. E se mantenha sério.
Não é difícil, só peço duas coisas, não pense em nada e se mantenha sério.
Se você é incapaz de fazer isso, por favor, se retire desse blog.
Sim, não estou querendo ser grosseiro mas, por favor, se retire.
Há questões muito sérias nesse mundo, e elas exigem que tenhamos uma postura mais madura frente às coisas.
E por isso quero que se mantenha sério.
E com a cabeça vazia.
Não demonstre emoções.
Respire.

“Hey boy!
Hey girl!
DJ´s....
Here we go...”

Olhe para a tela do micro.
Se perca nos milhares de pontos que compõem a imagem.
Não pense em nada.
Suave. Isso! Suave...
Feche os olhos.
Pisque algumas vezes.
Pare e se concentre em uma única questão...
Sim, a questão! A questão para o qual você está se preparando.
Muita seriedade nessa hora.
Esqueça tudo, esvazie a mente, vamos!
Está chegando ao fim.
Agora concentre-se e deixe sua mente ser preenchida por essa única questão... A questão.... Ah....
Pepa?

Se você acha que não percebi o leve sorriso que você deixou escapar ao pensar nessa questão está enganado... Depois de tanto pedir você ainda teve coragem de rir.... Sabia que não dava pra brincar com você... Poxa...

domingo, abril 21, 2002

Ah domingo...
Dia de descanso. (?)
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Sobre os poemas e a receita de sábado: eu escrevi esses poemas há muito tempo, uns 4 ou 5 anos atrás... Estou sem inspiração para escrever qualquer coisa nova. Faz muito tempo que não escrevo... talvez uns 4 ou 5 anos...
Nem ia reler esses textos que fiz há tanto tempo se não tivesse visitado o “blog” do personagem criado pelo Ber, o “Arturo Vega". Vale a pena dar uma passadinha lá! :D Leiam os “Breves contos sem propósito”, são todos realmente muito bons. Ainda não comentei nada no blog dele, mas já vou fazer uma propaganda. Ao ler os contos do Ber, me deu uma vontade de reler as coisas que escrevia antigamente... Foi daí que surgiu o blog de ontem. De uma mistura disso, com a preguiça e a falta de inspiração em escrever algo. Gostei do resultado... quando estiver meio sem inspiração, é só encher meu blog com os textos antigos.
Ando meio nostálgico ultimamente. Ouvindo CDs antigos, lendo livros já lidos. Por que será?
Falando em livros, estou lendo novamente o livro “Clube dos Anjos” do Luís Fernando Veríssimo, um livro que fala sobre a Gula e pertence a uma coleção muito boa chamada “Plenos Pecados”. São sete autores falando cada um sobre um pecado capital. Eu realmente recomendo a cada um de vocês “crápulas” a lerem esse livro. Um dia eu comento sobre ele.
Lembrei de um projeto de uns 5 anos atrás, que eu e mais uns 6 amigos fizemos (depois de ler essa coleção) de escrever cada um, um conto sobre um pecado capital. Fiquei encarregado de escrever sobre a preguiça... por que será? Meu conto sobre a preguiça está parado ali. Não sei se cheguei a terminar, e estou realmente, sem querer fazer um trocadilho, com preguiça de ir lê-lo. Mas vou agitar o pessoal para ver o que eles fizeram. Talvez poste aqui, parte por parte, o conto.
Acho estranho. Leio as coisas que escrevi e não me reconheço mais. Tanto tempo. Tanto tempo. Mas zuzo bem.

Ah... e a receita é segredo de família hein! :)
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O link do site do Ber "Encafifação Inócula" está na parte lateral do blog. Ou se preferir clique aqui!

sábado, abril 20, 2002

Na época da ditadura quando uma reportagem no jornal era censurada, os editores colocavam uma poesia ou uma receita no lugar.
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comunicação

Sublimar todos os sentidos,
Buscar na essência escrita a verdadeira face dos dados.
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Se. (um poema negação)

Se soubéssemos as respostas,
se os sentimentos fossem nulos,
se a vida fosse certa como a passada de um relógio,
se não nos afogássemos nas pequenas poças,
se eu fosse tão real quanto você,
faria um poema negando tudo isso.
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palavras - punhais

fui apunhalado por meus versos.
palavras traidoras, vis
que vieram com o sorriso estampado
e uma verdade projetada no fundo dos olhos.
não percebi.

e quando estas vieram me acalentar em meu leito

flagrei-as...
balbuciando verdades para meu corpo moribundo.
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Bolo de Leite Quente (Chocolate)
Ingredientes:
4 ovos
2 xícaras de açúcar
2 xícaras de farinha
1 copo de leite
1 copo de Nescau
½ copo de óleo
1 colher rasa (sopa) de fermento em pó
Modo de Fazer:
Bater as claras em neve e colocar as gemas uma por uma, depois o açúcar aos poucos.
Colocar a farinha alternando com o leite morno, e o óleo e o fermento.
Levar ao forno quente.
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bits

bits.
pequenos pedaços de informações,
pequenas pessoas em pedaços,
pequenos pedaços de pessoas,
pequenas informações em pedaços,
pedaços de pessoas em pequenas informações.
a pequena célula de nosso mundo digital.
bits
nossos novos átomos.
para nosso novo mundo-inconsistente.
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cães

Cães latem,
mergulham em mim,
tingem o meu rubro sangue
com as cores tímidas do arco-íris.
Os latidos ecoam madrugada adentro.
Recuo, recluso, sinto o amargor do dia levitar...
Não consigo evitar a explosão de sentimentos
que dilaceram o meu corpo.

os cães correm atrás de qualquer osso.
eu fujo...
mas minha sombra fica.
cães como esses nem percebem a diferença.
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travesseiro

a vida que me proporcionaram, às vezes, me instiga cócegas,
a mansa estrada do tempo percorre lentamente o meu caminho...
existo, mas permaneço eternamente imóvel a acolchoar o sonho humano
e a vigiar o sono de uma estrela viva,
sou e sou somente para poder acalentá-la em meu corpo.

não posso me mover muito,
mas são raras as ocasiões em que gostaria de ser capaz de;
me sinto ainda mais vivo quando estou imóvel, quieto,
quando ela me sufoca com um abraço forte e quase não consigo respirar...

vivo o dia a esperar a noite,
a esperar que ela venha repousar e,
quem sabe,
sussurrar levemente suas preocupações,
como se desenrolasse um novelo
e descobrisse que o fio é infinito...

às vezes tento estender meu tecido para beijá-la suavemente,
mas não desejo acordá-la, ou assustá-la revelando-me vivo,
“o mundo...?”
“é sempre aquela eterna surpresa...” – lhe diria se você descobrisse que não sou apenas um objeto inanimado,
e lhe beijaria, enquanto saia voando pela janela...
penso, tenho planos, mas guardo tudo isso comigo,
acredito na sina e no pecado de todos os travesseiros.
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Eu blefo,
Atento contra os pequenos milagres desta curta vida.
Mas tenho sempre um ás na manga,
guardo um sorriso por trás de cada carta
e a certeza própria,
aguardente
que precede a aposta.

sexta-feira, abril 19, 2002

Sexta-feira.
Dia em que o cansaço inteiro da semana se acumula nos ombros.
Dia em que a perspectiva do fim de semana enche seu corpo de entusiasmo.
Que dia é esse?
Dormir?
ou...
Aproveitar?
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"Go go go!"?
or
"Hold this Position!"?
Estou ouvindo as músicas do vencedor da promoção de samples do Skol Beats. E a primeira música com o nome de "Counter Beats" tem vários samples do jogo "Counter-Strike"... Uh-hu! :D Para quem não conhece Counter é um jogo de computador muito legal, estilo 1ª pessoa que simula combate entre terroristas e anti-terroristas.
Um dia eu falo melhor desse jogo, e do universo que o envolve...
Aff as músicas deles são bem legalzinhas :D

Falando em Skol Beats, não tenho idéia de o que eu vou procurar ouvir lá... Tem tanta coisa!
4 tendas, além do "Outdoor Stage" e da "Chill Out Area", cujos nomes não querem me dizer muita coisa:
- Tenda Gatecrasher;
- Tenda The End;
- Tenda Bugged Out;
- Tenda Movements;

É muita música eletrônica em um ambiente só! Isso não contraria alguma das leis do universo?
E os nomes dessas tendas? Alguém sabe quais as diferenças entre elas? A única coisa que eu sei é que vou dominar a "Chill Out Area"! Muito pepa esse nome, quero colocar uma placa de "Chill Out Area" na porta do meu quarto :D

Ah hoje estou meio "Bugged Out", vou sair de "Gatecrasher" pro "The End" dos "Movements"! Cerrrto? Só nas tenda do pico muito loco nas parada...
CHILL OUT TIME!
.. uff
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" Practice makes it perfect, but obssession makes it better. "

quinta-feira, abril 18, 2002

Para quem ainda não entendeu o conceito de Zica do Pantâno (e como o blog do Zica anda meio zicado), vou contar o que me aconteceu hoje, e que ilustra bem o importante conceito da Zica.

Hoje fui ao oftalmologista, fazia tempo que eu não ia. Perdi meus óculos há uns dois anos, e desencanei de usar, tinha só uns 0.5 graus de miopia que não me atrapalhavam em nada. Bom, a consulta era uma da tarde, e pretendia voltar ao trabalho no máximo ás duas, afinal uma consulta no oftalmologista não costuma ser muito demorada. Além disso, ás duas eu tinha marcado uma mini-reunião com meu colega de estágio e com um cara que tiraria nossas dúvidas. Avisei que talvez chegasse atrasado, e que depois eles podiam ir começando sem mim.
Escolhi esse oftalmologista porque era perto de casa, o meu antigo oftalmo tinha se mudado, então acabei optando por esse que estava no livrinho da Amil.
Chegando lá, já não fui com a cara da secretária, uma velhinha que tinha sido mal-educada comigo no telefone.
Mas tudo bem.
Cheguei umas cinco pra uma e fiquei esperando.
Fui atendido 13:15, mas ainda daria tempo de voltar ao trabalho.
A consulta devia ser rápida.
O médico que me atendeu era muito estranho.
Altão meio desajeitado.
Tinha cara de psycho.
E falava meio esquisito.
Pausado.
Parecia que a cada frase ela apertava “enter”.
Meio misterioso.
A sala era meio escura mas normal para um oftalmologista. Fiz os exames normais de enxergar de longe. O jeito como ele falava a cada exame, com um tom meio trágico, e o jeito como ele conduzia os exames, estava me deixando preocupado: Será que estava com alguma coisa no olho que poderia ocasionar a minha morte? Ou será que ele estava pensando em me matar em um macabro ritual envolvendo sangue e lentes de contato?
Bom, enquanto eu viajava ele pingou um colírio sinistro em mim (estaria ele tentando me cegar?) e depois fez um exame para medir a pressão do olho. Nesse exame é utilizado um aparelho com uma luz azul na ponta que praticamente encosta no olho (não sei se chega a encostar, mas dá muita aflição). Enquanto ele fazia o exame, rezava para ele não furasse meu olho.
Os exames transcorreram normalmente, e o doutor disse que não precisava usar óculos, que meus olhos estavam ótimos, e que tinha muito pouco de astigmatismo. Isso me fez estranhar um pouco, falei que antes usava óculos para miopia (e afinal tinha resolvido marcar esse exame porque tinha colocado um óculos de míope, e vi que tudo tinha ficado bem melhor, então achei que minha miopia talvez tivesse aumentado), mas estava aliviado do exame ter acabado. Ele falou que se quisesse poderia fazer um óculos para astigmatismo, mas não era necessário.
Saí do consultório e resolvi passar em uma ótica para ver se faria um óculos. Queria experimentar um óculos de astigmatismo antes para ver se melhorava mesmo minha visão.
Entrei na ótica..., espera vou fazer um parênteses aqui (Sabe aqueles filmes que você assiste e acontecem várias coisas que parecem estranhas, mas que depois que você vê o final, fazem muito sentido?). Perguntei pra moça se podia testar um óculos como descrito na receita (0.5 de astigmatismo de um lado e 0.75 de outro). Falei que o médico tinha falado que não era necessário eu usar óculos, mas que poderia fazer um para usar no cinema, por exemplo, então queria ver se fazia diferença. A mulher tava com a gerente do lado e as duas ficaram me olhando com uma cara estranha, meio cômica. A mulher explicou que não dava porque cada lente era feita especialmente para cada olho dependendo do eixo e blá blá blá. Enquanto ela me explicava a gerente continuava a me olhar meio estranho. Nem me importei, ela devia ter achado estranho alguém ir na ótica para testar umas lentes. Saí da ótica e fui pegar meu carro no estacionamento. Olhei para o relógio e era 13:30. Maravilha, daria para chegar a tempo do começo da mini-reunião. E a parte do começo era a mais importante para mim.

O manobrista saiu do carro e também ficou me olhando estranho. Reclamou do calor, no que concordei. Entrei no carro e quando estava colocando o som, o cara vira para mim e pergunta:
- Você pinta o olho?
Respondi intrigado:
- Não! Como assim?
- Seus olhos são naturais assim?
Olhei para o retrovisor e os meus olhos estavam amarelos! Parecia que alguém tinha os pintado em volta com caneta marca-texto. Tentei tirar com a mão, mas não saia! Tava muito esquisito e muito amarelo!
Agora que vem a diferença entre o azar normal e a Zica. Se estivesse com azar, poderia até chegar atrasado na reunião porque o pneu do carro furou ou alguma coisa do tipo, mas como a Zica que estava atrás de mim, tinha que escolher entre chegar na reunião a tempo e com os olhos todo amarelo, ou ir pra casa lavar os olhos e chegar atrasado.

Olhei para o espelho e decidi, não podia andar na rua daquele jeito e voltei para casa.
Cheguei e tentei dar uma lavada, mas não saia direito. Liguei pro consultório e a secretária mal-educada atendeu. Expliquei que meus olhos estavam amarelos e que não conseguia tirar. Ela respondeu, educada como sempre, “É um colírio que ele usa pra dilatar a pupila. É só lavar com água e sabonete que sai, todo mundo consegue tirar por que você não conseguiria?”. Eu falei que não tava saindo e perguntei se deveria passar álcool no que ela esbravejou mais ainda.

Resultado: fiquei meia hora lavando o olho até aquilo sair. Voltei pra empresa atrasado, e pensando na Zica que tinha sido aquela consulta.
Decidi ir a outro oftalmo para ter uma segunda opinião sobre minha vista, mas dessa vez vou a um que minha tia indicou...
Espero que ele não use colírio com extratos de marca-texto...

Zica?
Ah, mais Zica... os comentários só devem voltar no sábado...
Netcomments Pepa!

quarta-feira, abril 17, 2002

Hoje minha irmã finalmente leu meu blog, e já reclamou que só escrevi uma linha sobre o aniversário dela. É claro que é mentira, escrevi duas, e ainda citei ela em um blog mais acima, mas de qualquer forma falei que ia escrever sobre ela hoje.
Logo que cheguei hoje em casa, ela veio me contar a novidade de que está namorando desde ontem. Nunca realmente vi o pepa, mas já ouvi falar bastante nele, e acho que se minha irmã tá com ele é porque o cara deve ser gente boa (se ele consegue agüentar o gênio dela já ta mais do que aprovado). Ela falou pra eu postar as super qualidades dele, mas resolvi poupar os leitores, que não têm nada a ver com o assunto, de superlativos insensatos...

Bem, minha irmã criticou o meu blog do moti, falando que para ela os motis eram bonitos, mas eram muito sem graça e sem gosto: "Mas não se pode negar que são bonitos..!”. Bom, depois desse comentário profundo sobre o moti, ela ainda teve a ousadia de dizer que não concordou com o blog do ronronar dos gatos... hunf! Ela disse (assim como a Guaru também tinha me dito), que a gente pode até não ronronar, mas a gente pode sorrir e rir. Bem, por melhor que seja poder sorrir e rir, não se pode dizer que substituam o ronronar. Um ronronar não se pode fingir, é autêntico do começo ao fim, um sorriso dá ser forçado... Bem, não vou escrever sobre as diferenças entre sorrir e ronronar, vou simplesmente sorrir. Afinal fico feliz da gente poder sorrir e rir. Você já tentou fazer um gato rir? Os gatos não têm o mínimo senso de humor! Já fiquei fazendo cosquinhas nos pés dos meus dois gatos, mas o máximo que eles esboçam é um nervosismo meio contido, uma fúria controlada, um respeito meio ameaçador.
Em compensação, nós tínhamos um cachorro que sabia sorrir. Era um sorriso meio tímido, mas engraçado. Apesar dele não demonstrar, as laterais dos lábios dele se levantavam indicando indubitavelmente que estava sorrindo. Era um sorriso contagiante apesar de meio amarelo, mais pela estranheza de ver um cachorro sorrindo do que por qualquer coisa.

Mas a parte disso, minha irmã parece feliz, e pensando bem, ainda bem que a gente não ronrona mesmo. Ia ser dose agüentá-la ronronando...

terça-feira, abril 16, 2002

Outras formas de expressão - parte 2
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Para quem não sabe, tenho 2 gatos em casa. Uma gata chamada Tutty (também conhecida como a gata assassina) e um gato chamado Popó, diminutivo de Apollo, em homenagem àquele carro (também conhecido como o gato mais sem personalidade do mundo). O blog de hoje não é sobre a estória de nenhum dos dois especificadamente, ou o porquê desses apelidos, e sim sobre algo comum a todos os gatos: o ronronar desses bichos.
O ronronar é um barulhinho que lembra um motorzinho que os gatos fazem quando estão felizes. Não é o equivalente ao abanar de rabos do cachorro porque o abanar de rabos é uma alegria mais boba, mais solta, mais feliz mesmo, enquanto o ronronar é uma alegria mais contida, mais íntima, e menos escandalosa.
Não tenho idéia de como eles produzem esse som vibrante, mas geralmente os gatos ronronam quando fazemos carinho neles. Tem uns que ronronam mais facilmente, e tem outros que só ronronam em ocasiões em que ele se sinta realmente bem (por exemplo quando o dono dele dando carinho nele).
O barulhinho do ronronar.. ah... é muito tranqüilizante... Já pensei várias vezes em gravar o ronronar da Tutty e colocar em um cd... Assim poderia guardar para sempre o som da felicidade dela, e aquele som é ótimo para tocar antes de dormir, ou para descansar.
Adoro ficar ouvindo meus gatos ronronarem e os invejo porque quando eles estão ronronando é perceptível que nada mais importa para eles, naquele momento eles são verdadeiramente felizes, e o resto que vá para as pipa que os pariu.
Queria poder ronronar, mas acho que além de nos faltar capacidade, nos falta ocasiões.
Pense com você..., semana passada por exemplo, quantas vezes você poderia ter verdadeiramente ronronado? Lembre-se de que o ronronar expressa um momento de felicidade passageiro, e não um estado de espírito.
Eu acho que poderia ter ronronado uma vez. Talvez duas.
Meus gatos ronronam no mínimo uma vez por dia.
Será que há algo de errado?
Acho que não, um gato para ter um momento sublime de felicidade não precisa de muito, nós precisamos.
Bem, talvez seja por isso que não temos a capacidade de ronronar. Seria inútil.
Mas para os gatos é muito útil, o ronronar é um som que vem de dentro, e que faz vibrar o corpo inteiro do gato, é a expressão concreta da felicidade do bichano, a felicidade interior materializada em vibração e som. Vi em algum lugar que o ronronar do gato surgiu de uma espécie de comunicação entre o gato e os filhotes, mas não tenho certeza disso. Acho que seria uma forma dos filhotes dizerem que estão bem e poderem tranqüilizar a mãe.
O que eu sei é que é uma forma fantástica de se comunicar.
Quem sabe se ronronássemos entendêssemos o verdadeiro significado de “Pepa?”.

Pepa?

segunda-feira, abril 15, 2002

Moti
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Esse fim de semana dei uma passada na Liberdade. Aproveitei que estava lá, e trouxe para casa uma bandeja de moti.
Para quem nunca comeu, moti é um bolinho feito de uma massa de arroz. Poderia até tentar, mas não consigo realmente descrever o sabor de um moti. É um gosto que apalpa os sentidos gustativos, que envolve a boca em um mar de sensações, que atiça os sentimentos humanos, que... Bem, tudo bem, mesmo que quisesse, as pessoas que já comeram um moti não me deixariam mentir, o gosto de um moti é de um absoluto, e completo... nada.
Realmente um moti não tem gosto de nada! Se você comer um moti frito com açúcar, ele vai ter gosto de açúcar, agora se você comer com shoyu... hummm... ele vai ter gosto de cogumelos franceses recém-colhidos por mulheres tailandesas... Não brincadeira, ele vai ter gosto de... sim, você adivinhou se chutou shoyu.
O moti que eu comprei na verdade é doce porque vem recheado com doce de feijão. É a famosa mistura brasileira de arroz com feijão em sua versão nipônica, e doce. Mas a massa mesmo que compõe o moti, é sem gosto. Geralmente se come o moti frito, acompanhado de alguma coisa cujo gosto na verdade é daquilo que você quer sentir.
Pensando no gosto do moti, lembrei de várias comidas sem gosto nenhum na comida japonesa.
Quem já comeu tofu? Qual o gosto de um tofu? Deve ser o mesmo do arroz japonês... Ou será que não? Talbeiz o tofu tenha mais gosto de... hum... nada do que o arroz. Ou será o contrario? Agora não sei...
Até a famosa bebida japonesa, o sakê não apresenta muito sabor. É claro que se, você sse isolar em um quarto totalmente silencioso, se concentrar, e começar a beber bem devagar, recitando mantras indianos, você realmente pode até sentir um gostinho, bem lá no fundo, bem levinho, de um absoluto e completo nada.
Prece ser um absurdo gostar dessas comidas sem gosto nenhum, mas muitos gostam, inclusive eu: tofu, moti, arroz japonês, sakê...
Também adoro beber água, que, inclusive, se tiver gosto, fica horrível...

Mas por que será que gostamos de sentir um gosto ausente? Por que? Qual a graça de sentir um gosto que não está lá?
Qual o mistério do moti?

Similar a esse mistério, podemos pensar que em nossa vida encontramos muitas “pessoas-moti”. Quando me refiro à pessoas-moti, não estou falando das pessoas que fisicamente lembram um moti: uma massa de consistência mole e de aparência esquisita, mas das pessoas que numa primeira impressão, parecem não ter gosto, mas que à medida que vamos conhecendo vão nos seduzindo com um encanto incompreensível, uma afinidade que não pode ser explicada. Um motivo que não é aparente. O moti nos atrai sem que saibamos a razão.
Mas não gostamos simplesmente do moti, gostamos dele acompanhado de algo, tipo açúcar ou shoyu. As pessoas-moti, nos atraem pelo gosto do açúcar, mas nos mantém maravilhadas pelo seu próprio gosto encantador de nada. É um mistério.

Há muitas pessoas não gostam de moti.
Eu gosto, mas não sei o porquê.
Qual será o segredo do moti?
Acho que essa pergunta deve perdurar eternamente assim como: “Pepa?”
Moti?

domingo, abril 14, 2002

Hoje é domingo.
Passou-se uma semana de blog.

Copiando a frase de introdução do meu relatório de estágio para explicar a razão do relatório: "...nada do que vivenciamos seria aproveitável se, de tempos em tempos, não parássemos um pouco para refletir e utilizássemos nosso tempo para olhar para trás e analisar tudo que se passou..".
Vou utilizar o domingo para refletir sobre os blogs que se passaram.
Um dos motivos é que hoje estou sem tempo e\ou inspiração para refletir sobre algo.
Então peço a ajuda dos leitores desse blog.

Deixem nesse blog sua opinião sobre os blogs dessa semana, quais os melhores e etc...

Pepa?

sábado, abril 13, 2002

Outras formas de expressão
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Hoje estava pensando em como é difícil expressar o significado do “Pepa?” e pensei em como é difícil para a humanidade expressar certas coisas, certos sentimentos.

Há muitas coisas que não conseguimos expressar com palavras, sejam escritas ou faladas, e que só conseguimos passar por meio de imagens, sons ou gestos. Talbeiz esse seja o proósito da arte. A arte talbeiz seja a forma de conseguimos expressar nosso pensamento “inexpressável” de outra forma. É uma tentativa de transformar algo abstrato em algo que pode ser entendido por várias pessoas.
Mas há também uma forma de comunicação para expressar o “inexpressável” que não pode ser massificada, sempre se é um diálogo exclusivo: o toque, a carícia. É uma forma de conversação única e exclusiva entre duas pessoas, não há como incluir mais participantes nessa equação. E ás vezes uma simples carícia na mão de uma pessoa pode significar mais do que um discurso inteiro.
Acho que era no filme "Pulp Fiction" em que o cara mata o outro só porque ele fez massagem no pé da mulher dele. Pode parecer uma reação exagerada, mas se você for pensar, muitas coisas podem ter sido ditas através dos pés da mulher dele, de um modo tal que, nem um diálogo de meia hora poderia ser algo mais íntimo. Essa é uma forma de se expressar que pode ter muito mais significado do que aparenta para as pessoas de fora.
Outra forma íntima de comunicação íntima é o olhar. O olhar, ao contrário do carinho, pode ser transmitido para muitas pessoas. Um olhar é íntimo, mas não é exclusivo. Por exemplo, o olhar misterioso da "Monalisa" pode ser apreciado por todos que quiserem.

Entre duas pessoas, todas as formas de comunicação são utilizadas para a expressão de um sentimento, desde palavras e gestos, até olhares e toques. Se para transmitir um sentimento já se utilizam tantas formas de comunicação, e se “Pepa?” é o resultado da expressão de milhões de sentimentos em uma só palavra, como transmitir a pergunta “Pepa?” só com palavras? É uma pergunta tão cheia de significados que talbeiz não se dê para expressar apenas com palavras, imagens, gestos, olhares, toques... Talbeiz precisemos encontrar uma forma pepa para transmitir o significado real da pergunta: "Pepa?". Ou talbeiz não seja possível mesmo transmitir "Pepa?" em toda sua plenitude.

Ou talbeiz: "Pepa?" já seja mais que o suficiente.

sexta-feira, abril 12, 2002

Sexta-Feira! Uh!
Como alguém pode não ficar feliz nesse dia???
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Começou como um pequeno prazer e aos poucos foi se tornando um vício...
Essa frase poderia resumir muitos trechos de minha vida. (Que mais tarde virarão blog...)
Com o blog não poderia ser diferente... Começou com um leve passatempo... e está se tornando cada vez mais um vício...
Estou começando a melhorar, mas ainda encontro muita dificuldade para escrever.. Muito tempo na Poli, muito tempo sem escrever, muito tempo, ou melhor pouco tempo para ler.

Fiquei pensando hoje em como é bom escrever, botar as coisas no papel e extravasar. Então acabei me lembrando de um fato engraçado...
Tudo começa em uma noite tediosa... Acho que foi no dia 5 de julho de 98. Ou antes até... Será que foi em 96?
Bom, o negócio é que nesse dia, em um ano inexato, estávamos eu, o Paulo Jr. (Phreak), minha irmã e o Márião sem muita coisa o que fazer. Acho que estávamos sem saco para sair aew andando... Naquela época eu andava! E muito! Saudades... Então resolvemos fazer algo bem pepa. Nos reunimos os 4 e começamos a escrever poemas a 4 mãos, a escrever poemas sobre si próprio, poemas um sobre o outro. Sempre passando de mão em mão, cada um ia completando o que o outro escrevia. Pegávamos um tema e íamos escrevendo e passando. O objetivo (sim havia um objetivo maior em tudo isso! :D) era criar algo para lermos depois todos juntos em 5 de julho de 2000. Além dos poemas, escrevemos mensagens para nós mesmos em 2000, escrevemos sobre várias coisas, e enterramos no aquário aqui de casa (ele estava vazio, e ainda está). Deixamos uma bandeirinha demarcando o lugar ("Forever até 2000").
2000 era um futuro tão longe naquela época...
Passou-se o dia 5 de julho de 2000 e não abrimos... O tempo havia separado um pouco a gente.. Cada um estava preocupado com algo, e não deu para todos nós nos encontrarmos. Deixamos para abrir em 2001... E o mesmo ocorreu...

Hoje lembrei disso tirei a pilha de livros e cadernos de cima do aquário, e o abri. Cavei um pouco e lá estava o pacote escrito: "Abrir só em 05/07/2001". Não o abri.. fiquei o encarando e tentando lembrar o que eu escrevi. Cheguei a conclusão de que não tenho a mínima idéia... só lembrei do poema do "Playmobil Padeiro"...
hauahuahauahu
A estória desse poema é que o Pavu (Paulo Jr) tava com um corte de cabelo que lembrava o de um Playmobil, e o tio dele tava falando que ele era muito folgado e que ele ia colocá-lo para trabalhar numa Padaria. Esse fato nunca aconteceu..., mas era inevitável chamá-lo de Padeiro. Playmobil Padeiro. E na hora de fazer um poema sobre si mesmo ele colocou esse título.. ahuahuahuaahua

O mais legal disso é que todos tinham um estilo bem diferente de escrever... os poemas devem ter ficado bizonhos! E ainda mais depois de tanto tempo!

Bom, só espero que nesse ano, no dia 5 de julho consigamos reunir os 4 de novo para abrir aquele pacote... E fazer outro para 2010! :D



quinta-feira, abril 11, 2002

Hoje excepcionalmente vou postar duas vezes.
Amanhã talbeiz não poste.

1º Quero que todos coloquem ao menos um comentário interessante nos posts sem comentários!
Pow.. :( Como diria o Papa-Capim: "Olha só o post ali sem Post. Coitado, desolado ali. Tou tliste. Muito tliste!" (enquanto coloca a mão na cabeça e faz uma daquelas caras que só o Papa-capim para reproduzir!) ahuahauhauhauahuah
Para animar o pessoal a essa jornada, e aproveitando que eu comprei um gravador de cd, todas as pessoas que postarem o 1º post (que eu achar que tem a ver com o tópico) de um blog concorrem a um cd personalizado "Pepa?"
Uh-hu!
Até eu vou postar!

2º Ah hoje eu criei uma frase no trampo e queria saber a opinião de vocês:

"O homem tinha que ser igual ao pato, cada pato tem no mínimo duas patas."
ahuahuahauhauhauhauahuhauau :D
Boa ou ruim?
Machista ou apenas uma brincadeira bem-humorada?
Não sei como essa frase surgiu na minha cabeça... devia estar pensando em algo bem pepa :D
Deixe sua opinião!

“Brass Monkey” para quem não sabe é um “drink”. Está na lista dos “drinks” que eu tenho que beber juntamente com o “White Russian” do filme “O grande Lebowski”. Para quem não assistiu essa ótima comédia, eu recomendo.
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Antes de postar a estória vem a letra da música:
->Brass Monkey

Brass Monkey - that funky Monkey
Brass Monkey junkie
That funky Monkey

Got this dance that's more than real
Drink Brass Monkey here's how you feel
Put your left leg down your right leg up
Tilt your head back let's finish the cup
M.C.A. with the bottle D. rocks the can
Adrock gets nice with Charlie Chan
We're offered Moet we don't mind Chivas
Wherever we go with bring the Monkey with us
Adrock drinks three Mike D. is D.
Double R. foots the bill most definitely
I drink Brass Monkey and I rock well
I got a Castle in Brooklyn that's where I dwell

(repeat chorus)

Cause I drink it anytime and anyplace
When it's time to get ill I pour it on my face
Monkey tastes Def when you pour it on ice
Come on y'all it's time to get nice
Coolin' by the lockers getting kind of funky
Me and the crew we're drinking Brass Monkey
This girl walked by she gave me the eye
I reached in the locker grabbed the Spanish Fly
I put it with the Monkey mixed it in the cup
Went over to the girl, "Yo baby, what's up?"
I offered her a sip the girl she gave me lip
It did begin the stuff wore in and now she's on my tip

(repeat chorus)

Step up to the bar put the girl down
She takes a big gulp and slaps it around
Take a sip - you can do it - you get right to it
We had a case in the place and we went right through it
You got a dry Martini thinking you're cool
I'll take your place at the bar I smack you off your stool
I'll down a '40 dog" in a single gulp
And if you got beef you'll get beat to a pulp
Monkey and parties and reelin' and rockin'
Def, def - girls, girls - all y'all jockin'
The song and dance keeping you in a trance
If you don't buy my record I got my advance
I drink it - I think it - I see it - I be it
I love Brass Monkey but I won't give D. it
We got the bottle you got the cup
Come on everybody let's get ffffff

(repeat chorus)
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Ontem após voltar do almoço voltei a trabalhar. Sabe como é... depois do almoço é batata que vai dar aquele soninho largo...Pepa pepa!
Mas para acordar um pouquinho, troquei o cd (“Theater of Tragedy”) que eu tava ouvindo no computador, pelo do “Beastie Boys” – “Licensed to Ill” (a trilha da semana!).
Apesar de terem várias músicas que eu gosto nesse cd, resolvi pular direto para a faixa 11, “Brass Monkey”. Logo que a música começou já me senti bem melhor. Até esbocei um sorriso. Singelo mas ele estava lá, eu conseguia senti-lo se expressar por baixo da minha cara séria. Bem, já era alguma coisa para alguém que estava andando na beirada do mundo dos sonhos.
Nem deu tempo de escutar direito e a música já acabou, e ficou aquela vontadezinha de ouvi-la de novo. Coloquei pra tocar de novo a música, mas rapidamente ela teimou em acabar... Tive então a brilhante idéia de colocar a música em um “repeat” eterno até que eu cansasse da música, ou morresse, o que acontecesse primeiro.
E começou a overdose de “Brass Monkey”...
De vez em quando eu tinha de me levantar para falar algo com algum de meus colegas de trabalho, e era engraçado que eu ficava meia hora fora da minha mesa, e quando eu colocava o fone de volta, lá estava a bendita música tocando e tocando. Ás vezes eu saia do computador, mas a música continuava galopando na minha cabeça...
Foi então que eu comecei a pensar em um lugar onde se tocasse “Brass Monkey” 24 horas por dia, já pensou? Tipo uma festa monotemática, ou uma casa onde você abrisse a geladeira e estaria tocando “Brass Monkey”, abrisse a porta do banheiro e lá estaria também tocando “Brass Monkey”... Ou um feriado em que só se pudese tocar “Brass Monkey” o dia inteiro.
Pensei em propor uma experiência científica ou um concurso. A pessoa escolhida seria submetida a 24 horas de “Brass Monkey” pelo máximo período de tempo que ela agüentasse. Mas imaginei o que ocorreria a essa pobre pessoa, fiz um experimento científico fictício (?) e relatarei aqui como essa experiência fictícia (?) acabou:

“Dia 1 – 2 horas depois: Se passaram 2 horas desde que eu comecei a ouvir “Brass Monkey”. Nada aconteceu ainda. Estou normal. Essa música realmente tem um ritmozinho legal.”
“Dia 1 – Fim do dia: Vão fazer 24 horas que eu estou ouvindo “Brass Monkey” sem parar. Estou aparentemente bem. Acho que um dos vocalistas tem problemas de dicção, mas a música fica boa assim.”
“Dia 2 – Acho que vai ser fácil agüentar um bom tempo. Estou me sentindo até melhor... Mas as vezes tenho um tiques esquisitos...”
“Dia 3 – Hoje resolvi andar e falar no mesmo ritmo da música. É divertido!”
“Dia 4 – Minha mulher falou para eu parar com esse experimento estúpido. Ahaha... Estúpido? Minha mulher viaja. Não entende que isso é mais que um simples experimento..”
“Dia 5 – Já fazem 5 dias que iniciei o experimento. Meu corpo adquiriu uma ginga própria natural de andar, e acho que não consigo mais parar de falar no mesmo ritmo da música. Minha mulher não entende o que eu falo direito. Yo baby, what´s up?”
“Dia 6 – Nossa o tempo passou muito “Brass Mon..” ops rápido. Estava tão entretido com o experimento que só lembrei agora que o parto da minha mulher está marcado para semana que vem. Espero que o nascimento do bebê não atrapalhe o experimento. Espero também que seja um menino.”
“Dia 7 – Pode ser minha imaginação mas acho que estou começando a “Brass Monk..” ops a não apenas falar, mas pensar só ao ritmo da música... Hoje sonhei que estava em sentado em um lago silencioso, enquanto ouvia apenas o som do vento. De repente vi uma formiga singela no chão. Ela estava carregando muito mais peso do que aparentava conseguir. Fiquei com dó dela e fui ajudá-la. Levei meu gigante dedo e dei uma ajudadinha para ela carregar a folha. Ela sorriu para mim tímida, virou o rosto, abriu um sorriso e falou: “ Yo baby, what´s up?".. Acho que esse experimento “Brass Monke..” ops.. está fazendo mal para mim...”
“Semana 2 – Dia 1: Hoje minha mulher estava dormindo e eu coloquei um fone tocando “Brass Monkey” a noite inteira na barriga dela para que meu filho(a) já venha ao mundo acostumado! Fiquei feliz em “Brass Monk..” ops.. estar fazendo algo produtivo. Estava me sentindo meio mal.”
“Semana 2 – Dia 2: Contei para minha mulher o que tinha feito à noite anterior e ela quase arrancou os meus fones de ouvido. Fiquei muito chateado “Brass Monke..” ops.. e tive uma crise de choro. Só acalmei quando ela deixou que eu colocasse para tocar “Brass Monkey” o dia inteiro na barriga dela. “Brass Monkey”...
“Semana 2 – Dia 3: Minha mulher está reclamando que o bebê está chutando mais que o “Brass Monkey”... ops.. normal. Mesmo assim “Brass Monkey” mediquei meu filho com uma dose massiva de “Brass Monkey”.
“Semana 2 – Dia 4: As contrações da minha mulher aumentaram! Fomos no hospital e tive a maior emoção da minha vida! Juro! Meu filho saiu da barriga numa ginga como se estivesse ao som de “Brass Monkey”. Chorei “Brass Monkey”.. ops.. muito!
“Semana 2 – Dia 5: Tive uma mega-briga com minha “Brass Monkey” mulher... Ela não aceita de jeito nenhum o nome "Funky Monkey "para o nosso filho... Estou triste que ela se foi...”

Nesse momento eu interrompi a experiência. Vocês deviam ver o cara como estava. Achei que ia encontrar um cara exausto, esgotado, mas não. Ele tinha adquirido uma ginga impressionante. Estava melhor do que nunca. Não parecia alguém que “Brass Monke..” ops.. tinha acabado de acabar com a mulher!

Bom, preciso parar de escrever. Não consigo mais! Minha mão está tremendo no ritmo de...

quarta-feira, abril 10, 2002

CONCEITO: Zica do Pântano
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Hoje fui para a Poli umas 19:30, tinha uma aula extra de redes e lá encontrei um grande amigo que há tempos não falava, o grande Tubaína.
Conversando com ele o assunto predominante foi a Zica do Pântano, ou só Zica para os mais íntimos.
A Zica é um tipo de azar mas não é o azar do estilo Lei de Murphy, é um azar mais sacana mais pepa mesmo. É o azar mais extremo. É aquele azar que faz com que as coisas pareçam que vão dar certo, mas dão errado. A Zica nutre a esperança, e destrói tudo deixando apenas desolação. A Zica.
E a Zica é cumulativa. Zica atraí Zica. Vocês já devem ter sentido o poder da Zica. Se não experimentaram, têm sorte.

Mas, resumindo: A Zica é um conceito fundamental para entendimento da questão Pepa, e por isso merece um "blog" só para ela.

Só torço para que depois desse "blog", a Zica não me pegue.
Bem, isso se ela já não estiver aqui...

O "blog" de hoje era para ser mais feliz. Mas é a Zica.

Quem sabe amanhã?
Para quem quiser ler mais tem um "blog" muito bom recém inaugurado "Zica do Pântano" do Tubaína! :D uhu
Quem disse que Zica não dá frutos?
Até onde pode ir a Zica?

terça-feira, abril 09, 2002

Sentimento, um grande tormento?
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Sabe quando sua vida parece estar sobre seu controle, certinha? Sabe quando você pára para pensar e suas convicções parecem tão sólidas quanto um mamute feito de concreto? (uia! não sei da onde veio essa metáfora... mas não vou editar, vou deixar ai como uma expressão do meu inconsciente ehehe :D)
Quem nunca teve a certeza de ter sua vida nos eixos, de ter o controle sobre o futuro, de depender apenas de si e da pessoa feia que o encara todo dia no espelho na hora de escovar os dentes? Quem nunca pensou que nada poderia lhe abalar, nada poderia entrar no caminho entre você e sua felicidade?
Mas ae quando tudo parece bom, algo aparece para incomodar, como uma virada súbita no roteiro da vida que vem para chacoalhar os espectadores um pouco. Quem não tiver idéia do que estou falando, favor ler o título novamente :P.
Sentimento!

Uma teoria que eu tinha é de que os sentimentos são como... hum... pensar em uma metáfora... leite quando colocamos para esquentar na chaleira. (aff... as metáforas tão boas hoje... espero que seja o sono :D) Tipo, se você conseguir controlar no começo, tudo vai sair bem, você vai conseguir beber seu leite morninho sossegado antes de ir dormir. Mas se você se descuidar e deixar transbordar... já era... vai melecar toda a panela.. o leite vai queimar.. vai ter muita dor de cabeça ai ai ai.. (até que a metáfora do leite se encaixou no que eu queria dizer :D)
Parece uma boa teoria né? Um lema de vida: Se mantenha sempre cauteloso e assim evite chorar sobre o leite derramado... (hauhauahuahua tou com sono mesmo :/) Se você for aquecendo o leite bem devagarinho ele não vai derramar, e mesmo se ele parecer que for derramar, dá pra interferir a tempo. Agora se você aquecer muito depressa, vai ser muito difícil parar o leite embalado querendo sair como lava de um vulcão em erupção.

Essa minha teoria de vida sempre me satisfez muito bem. Manter a cautela com as pessoas, e ir aquecendo o leite aos poucos para não levar um capote. Achava que se utilizasse a razão poderia sempre deixar meu fogão limpo. Nunca achei que os sentimentos pudessem sair mais rápido da panela do que eu pudesse evitar...
Ah, mas como eu disse anteriormente, o mundo sempre tem que lhe dar um tapinha amigo bem no meio das idéias, e mostrar que teorias existem para serem desmacaradas. Essa teoria que você acabou de ler é furada, assim como muitas de suas convicções que estão ae para serem rachadas como um mamute de concreto no meio de um bombardeio.

E os escombros do mamute me fazem pensar...

Só uma coisa disso tudo é certa (isso mesmo, há alguma coisa certa!): Não se deve tentar fazer metáforas quando se está com sono, o resultado pode ser tão estranho quanto orangontangos dançando tango ao luar.

Mas voltando a questão Pepa?, o que tudo isso que eu disse tem a ver com o blog?
Pepa é tudo isso. Tudo. É a expressão dos sentimentos mais profundos do ser humano. Pepa é o leite vazando da panela. Pepa são os destroços do mamute no chão. Pepa é a destruição e criação.

Isso me dá fome.
E isso me faz pensar...
Pepa?

segunda-feira, abril 08, 2002

De vez em quando vou postar um glossário com as palavras e gírias utilizadas durante o "blog".
GLOSSÁRIO:
"Tchaba" - Esse termo é utilizado para denominar orientais, de uma forma geral, que andam e se comportam como se fizessem parte de um rebanho oriental. Andam geralmente em grupos e tipo, além da semelhança física, mantém uma semelhança de comportamento.
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DIÁRIO:
Antes de começar o diário vai a trilha sonora desse fim de semana:
TRILHA SONORA: Brass Monkey do Beastie Boys em homenagem a "mãe" Lili e a "irmã" Guaru.

Esse fim de semana foi um fim de semana FAMÍLIA.
Sexta-feira foi aniversário da minha irmãzinha, a Jú Tiba.
Nesse dia, fui na bienal com minha nova amiga Déa (que foi a que me apresentou a esse mundo "blog") e me diverti as pampas :D. Um conselho, a instalação que eu mais gostei da bienal foi a sala de relógios. Muitos relógios de ponteiro pendurados na parede e no teto de um quarto minúsculo. Lá dentro, o mundo parece que desaparece, o barulho dos relógios formam uma sinfonia que lembra água, e o tempo se esvai no tic-tac ritmado dos ponteiros. Deve se tomar muito cuidado para não ficar hipnotizado...
Sábado foi dia de ir no almoço de formatura da minha prima (Ciência Contábeis na FEA) onde encontrei meus parentes por parte de pai. Foi bom, comi largo e conversei com a parentada que não via fazia tempo :D.
A noite foi de balada com minha família "tchaba". A balada já começou boa, ganhei um presente da minha "mãe" Lili e da minha "irmã" Guaru, o CD "Licensed to ill" do "Beastie Boys". Uh-hu.. Brass Monkey, Girls, Fight for your right :D Tudo de bom :D Brigadão às duas :D
A balada foi legalzinha, o Fábrica é bem grande e tem vários ambientes... A pós-balada no Franz Café foi legal apesar do sono que dominava a Família. :D
Domingo minha família por parte de mãe veio em casa para comemorar o aniversário da minha irmãzinha :D. Novamente foi bom, comi grande e conversei com a parentada que não via faz tempo :D.
Ai ai fim de semana família! :D
E de perguntas pepas! :D






domingo, abril 07, 2002

Acho que nossa existência poderia ser simplificada pelas questões que cercam nossa vida. Desde simples questões do tipo: Onde bai? até maiores questões do tipo... hum... bem... Pepa?

Poderíamos fazer um relato resumido de nossa existência listando as perguntas que permearam nossa vida...
Veja esse exemplo hipotético:
Dia 1 de abril de 2666
1. Será que acordei?
2. Deveria ter dormido melhor?
3. Será que vou chegar a tempo no serviço?
4. Por que as pessoas estão me olhando desse jeito estranho na rua?
5. COMO ALGUÉM PODE ESQUECER DE COLOCAR A CALÇA PARA IR TRABALHAR?
6. Sou um completo idiota?
O dia da pessoa foi resumido pelas questões que cercaram o dia dela. Agora basta estender esse conceito para a vida dela, e teremos um relato ao mesmo tempo completo e simplificado pelos aspectos mais importantes.

Bem, de qualquer jeito, pensei nisso porque o dia de ontem para mim foi marcado, dentre outras coisas, por uma questão bem pepa.
Sabe, a gente vai vivendo a vida, deixando os fatos acontecerem, tentando interferir o mínimo no curso natural que nossa vida leva, sem pensar muito nos fatos que estão ocorrendo, e de repente sem avisar, uma questão faz seu mundo parar. UMA questão. Uma questão bem colocada atinge seu queixo como um cruzado de direita, você balança, titubeia, mas se mantém firme.
Não, eu não vou falar qual é a questão. É irrelevante para o ponto que eu quero estabelecer, e como vocês devem ter percebido, esse é um "blog" pouco esclarecedor. :D
A pessoa que me perguntou sabe o que é. Há perguntas sobre si mesmo que para você responder, você tem de se abrir. Você tem que buscar dentro de si, aquilo que nem você mesmo sabe a resposta sobre você mesmo. Complicado neh? :P
É difícil, e nunca se tem certeza se a resposta é aquela mesma, ou se é você mesmo tentando se enganar.
Resumindo tudo, para acabar com a questão que deve estar na sua mente agora ("Quando ele vai parar de falar?"):
A lição de tudo isso, a frase do biscoitinho chinês do "blog" de hoje é: você não deve nunca perder o foco das grandes perguntas. Sempre se pergunte. Se questione. Mas tenha cuidado com as respostas.
Pepa?


sábado, abril 06, 2002

Pepa.
Uma simples palavra.
Duas sílabas.
Quatro letras de uma sonoridade única (... como qualquer palavra duh!).
Respire fundo e suavemente pronuncie: Pe - pa.
Abra as janelas. Deixe a brisa entrar. Feche os olhos e deixe escapar a palavra como se fosse uma bolha de sabão: P e p a.

* Ploft * (A realidade cai como uma bigorna)

Sim, você deve estar se perguntando: Pepa?
Por que fazer um "blog" sobre uma simples palavra? Por que dentre tantas coisas no mundo interessantes a serem ditas, um "blog" assim... tão pepa?

Bom, a resposta e a pergunta se fundem ao próprio "blog", de modo que é impossível desassociar a razão da causa. Não se preocupe, a medida que o tempo for passando, espero ir desvendando os mistérios que cercam essa palavra, espero que consiga fazê-lo entender porque o universo inteiro é tão pepa.

E assim começa o "blog" Pepa.

O "blog" da pergunta que não quer calar.
Um "blog" altamente carregado de informações inúteis e comentários impertinentes.

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Se você após ler essa pequena introdução saiu pensando: Pepa? uma parte de minha missão foi cumprida.
Caso contrário, talvez você seja o pepa mesmo.