- Check my paranoia -

quinta-feira, agosto 18, 2005

Um resumo de um dia como qualquer outro, e NY (parte 1)

Um dia

Ontem fui cortar o cabelo e resolvi ir no shopping aqui para experimentar, porque o cara que eu tava indo era muito ruim... apesar (ou talvez pelo fato) de ser super barato. Bom, sentei e falei que queria com máquina curta atrás e dos lados, e uma aparada em cima papapapa Ela pergunta para mim: "How short?" (Quão curto?).

Eu paro, penso. Quão curto será que eu quero? Como descrever a altura certa que eu quero em inglês? Na verdade, eu nem sabia quão curto eu queria e hesitei. Sim, hesitei. Cometi o pecado da hesitação. Eu admito a culpa. Fiquei com uma cara de dúvida, repito baixinho para mim mesmo (How short?)... Ela me interrompe, impaciente, "Do you want it short?" (Você quer curto?) Eu meio que surpreso, ainda indeciso, decido aceitar o conselho e terminar com a dúvida. Apenas faço um sim com a cabeça, como alguém que apenas aceita o destino. Ela começa com a máquina dos lados e atrás, e depois de terminar de raspar, ela fala que vai lavar meu cabelo. Aí falo, mas é que eu queria que tirasse um pouco de cima e da frente também, achando que ela já tinha terminado tudo... Ela meio que impaciente, diz: Eu sei, mas vou lavar o cabelo antes.

Ok entendiiiiiiiiiii, ela volta, lava o meu cabelo e volta a cortar a parte de cima. Quando ela termina, ela interrompe minha leitura e pergunta: Tá bom ou quer mais curto?

Eu olho, meço com os dedos, coloco a franja para frente... Fica analisando, cometo o pecado da hesitação pela segunda vez e respondo: Ah acho que só um pouquinho mais curto. Ela meio impaciente volta ao trabalho, eu continuo ler a Times... e o tempo passa. De repente, ela fala que acabou, olho para o espelho e levo um susto!! Quem é esse cabeça de ovo? O cabelo tá muito curto, eu só queria um pouquiiiiinho mais curto!!!!!!! Pago, fico um tempo pensando, sentindo falta do cabelo, sentindo a cabeça mais leve, pensando quanto tempo será que o cabelo demora para crescer...

Decido esquecer isso e volto para casa, pensando em um bife T-Bone (no Brasil deve se chamar bisteca, sei lá) que ia fazer com sal grosso na minha super George Foreman Grill! Preparei uns legumes à la yakissoba à parte, e pûs a carne para grelhar.

A carne fica pronta em um instante, mas que decepção... argh, descobri que o Foreman Grill pode ser ótimo para fazer hamburguer ou linguiça, mas só que a carne ficou muito dura (como já haviam me alertado hauahua)! É que ele tira todo caldo, gordura da carne!! No entanto, já pensei em um método de usar o George Foreman para fazer a carne, se ficar bom eu falo hahauahuah (Tá parecendo papo de dona de casa isso aqui hauahuahua No próximo post, eu dou dicas preciosas de como deixar suas meias mais brancas).
-----------------------------------
New York - Quand l'été arrive, ça sent la foufoune!!! - 6 dias

Vou ter de dividir NY em partes também, tem muita coisa para contar pois ficamos 6 dias lá e ninguém vai ter a paciência de ler um big post imenso (e nem de escrever tb :P)! E só para adiantar, as 'cenas do próximo capítulo', vão ficar para depois enquanto isso vou falar sobre coisas gerais de NY. Além do mais, posso adiantar que nos próximo vou falar no nosso amigo francês, o Sérgio. Afinal, ainda não o apresentei propriamente.

NY começou como uma cidade grande qualquer, para quem veio de São Paulo, a primeira vista nada de tão espetacular assim... Era como se fosse uma São Paulo, com infinitas coisas para se fazer, só que mais segura e com muito mais atrações turísticas. Nem deu tempo de conhecer todos os pontos turísticos possíveis, tinha que morar lá um tempo para conseguir ver tudo com calma... Eu pelo menos, viveria lá fácil, é como São Paulo só que mais segura, e por isso mais viva, mais livre.

No entanto, esse meu conceito de NY ser quase uma Sampa melhorada, mudou completamente quando vi a Times Square à noite... PQP!!!!!! Nunca vi um lugar como a Times Square!!! Em São Paulo, pelo menos, não tem um lugar assim! É impressionante a vida noturna que pulsa naquele lugar, com um monte de gente diferente andando pelas ruas, cada um conversando em sua língua, em meio a milhares de letreiros luminosos que lembram aqueles filmes futuristas. Um desfile de estilos, sem medo de ser assaltado, sequestrado, uma liberdade de andar a noite, de se perder na multidão e de fazer o que você quiser, de poder transformar a rua numa grande balada!!!! Tinha de tudo, tinham aqueles negões americanos andando de Ferrari conversível com o som no talo, umas baitas de umas limusines brancas, aquelas baladas que você só entra se o cara da porta te escolher, uma galera andando em bicicleta muito estranha, redonda como se fosse um gira-gira com 8 lugares para sentar (veja foto), árabes, indianos e tudo quanto é coisa.







A primeira vez que fomos na Times Square, foi meio que acidentalmente, saímos do metrô e demos de cara com ela, foi como se nós 4 tívessemos saído em uma outra realidade. Ficamos literalmente embasbacados, como não tínhamos visto isso antes? Como eles esconderam tudo aquilo, bem embaixo do nosso nariz? Se não me engano, fomos para lá apenas na nossa segunda noite. E acabamos indo lá mais umas duas noites, mais por não conhecer a cidade direito do que por outra coisa.

Teve uma noite que íamos em uma baladinha na Greenwich Village, um bairro lá de NY cheia de barzinhos e coisas do gênero. Pegamos essa recomendação com uma inglesa que estava no mesmo hotel que a gente, e que morava em Londres mas amava NY. Ela tinha origem indiana e era bem mais simpática que as inglesas 'normais', ela e a Jú se deram bem porque ela gostou das tatoos dela, trocaram dicas de lugares bons para fazer compras, enfim. Ah detalhe, no primeiro dia que falamos com ela, perguntamos se aquela área de NY era segura. Estávamos meio assim porque na nossa área tinham uns desabrigados vivendo nas escadas de uma igreja em reforma. Ela falou que era super tranquilo, uma das partes mais seguras de NY e talz, o mesmo que o dono do hotel, e o cara da banquinha tinham nos falado. Ficamos mais tranquilos momentaneamente, mAAAAaaaaaaaaaaaas, ela logo acrescentou que só não aconselhava ir para o parque que ficava a uns dois quarteirões do nosso hotel porque naquela mesma semana, duas hóspedes tinham sido ESTUPRADAS lá!!!!!!!!!!!!!!!! AFEFEFEFEFE!

E aí, será que era realmente uma região segura? hauhauahua 'Ah, uma meninas foram estupradas a 400 metros daqui, mas é suuuuper seguro....' Bem, em busca de experimentar uma balada tipicamente nova-iorquina, fomos lá, entramos no metrô, e ele estava praticamente vazio. Já era uma meia-noite de um Domingo, ou de uma Segunda-Feira. Ao ver que estava muito estranho, fui perguntar para o guardinha se ele achava seguro a gente ir para lá... Ele olhou com uma cara díficil de descrever, mas seria a mesma cara que você faria a um gringo se ele te perguntasse se era sussa ir para uma balada de metrô na Vila Carrão hahahahaha.

Então, fomos nós de novo para a Times Square hahahaha que era um lugar super iluminado e bem policiado, e que ele, policial com cara de 'Tolerância Zero' recomendava.
-----------------------------------
Dá pra ir para qualquer lugar em NY de metrô, nem se compara com o metrô de Sampa. O bagulho é muito longo e todo emaranhado, e por causa disso é meio complicado saber o que pegar porque no mesmo lugar passa o trem expresso, o local, um que vai para um lado de uma bifurcação, outro para outro lado... fácil de se perder, e cheio de placas que parecem meio enigmáticas...
Além disso tem entrada do metrô só dá pegar sentido uptown, se quiser ir para o outro sentido, tem que sair, atravessar a rua, ou as vezes ir para outro quarteirão, e pagar de novo... Enfim, demora um tempo para se acostumar com todas essas peculiaridades, parece que tamos pegando metrô pela primeira vez.
-----------------------------------
Uma coisa que vimos muito legal em um metrô de NY era um poema escrito nos vãos do teto, cada linha em um vão, separados por muitos vãos... Vou colocar o poema aqui, e para simular as pausas causadas pelos espaços entre os vãos de uma linha e outra, vou colocar uma foto minha interpretando o poema hahahahaha

~~~~~~~~~~~~
Overslept (Dormiu demais)



So tired. (Tão cansado)



If late, (Se chegar atrasado,)



Get fired. (Ser despedido.)



Why bother? (Por que se importar?)



Why the pain? (Por que a dor?)



Just go home (Apenas vá para casa)



And do it again (E faça de novo)


---------------------------------------
Será que algum dia, um cara super atrasado, lesado de sono, tava andando no metrô, se deparou com esse poema e ao final da leitura, parou, ponderou, se convenceu que aquelas palavras não estavam ali por acaso, e foi para casa dormir??? Será???? Ia ser bem louco, e se eu fosse o poeta ia ficar orgulhoso de ter influenciado pelo menos um preguiçoso! hahahahaha
---------------------------------------
O tal do cabelo curto tão aí.... hahahahaha Pareço um monge budista?

A qualidade das fotos não tá boa porque tirei hoje com minha webcam, mas o que importa mesmo é, no final, mereço ou não mereço um Oscar pela minha interpretação do poema do metrô?

terça-feira, agosto 16, 2005

Não existe o amanhã!

Esqueça o que você sabe, não importa quantas vezes na vida você já dormiu e acordou no dia seguinte, não se acomode e saiba que: não existe o amanhã!

Se tem uma lição que você precisa aprender HOJE e não pode deixar para AMANHÃ, ela é: NÃO EXISTE O AMANHÃ. Para maiores dúvidas por favor falar com minha irmãzitchas.

Depois não diga que não foi avisado.
---------------------------
Todos se foram. Meu morzin, minha irmã e meu cunhado Douglas voltaram para o Brasil. O francês voltou para a França, e o iraniano e sua família voltaram para... Oshawa.

E a minha vida volta ao normal. Na verdade, voltar não volta, porque seria o mesmo que achar que o pasto volta ao normal após passar uma manada de gado.
Não volta.

Mas é preciso apertar o botão de reset.

Aconteceu tanta coisa nesse mês e tanto, que acho que valeu pelo ano inteiro. Me lembrou o mochilão do ano passado pela Europa com meu Morzin, uma correria do ínicio ao fim. Dessa vez foi mais light, apesar da gordura americana.

Estou me acostumando com essas férias longas de meio de ano, conhecendo várias cidades hehehe A pergunta é: ano que vem para onde será que vou? Depois da Europa, da América do Norte, acho que queria ir para a Ásia, talvez viajar pela América Latina, ou quem sabe ir visitar o Rodriguinho lá na Alemanha e ver a Copa hehehe O mundo é tão grande para tão pouco tempo :/

Mas voltando ao passado recente, apesar de ter acontecido tanta coisa e parecer que tudo aconteceu há décadas atrás, ainda consigo me lembrar de tudo, se for puxando, como um fiozinho na minha cabeça, dia a dia. Vou tentar escrever um super resumo compacto da viagem, mais como um registro histórico do que como algo que seja uma leitura interessante... Na verdade vou escrever em vários posts, e assim evitar o trabalho herculiano de escrever tudo de uma vez.
---------------------------
O ROTEIRO

PARTE 1: Niagara Falls - New York - Washington - Philadelphia - Toronto
Participantes: Eu, minha irmã, Douglas e Sérgio
Meio de transporte: Busão!

PARTE 2: Detroit - Chicago
Participantes: Eu, minha irmã, Douglas e Sérgio
Meio de transporte: Carro alugado!

PARTE 3: Ottawa - Quebec - Montreal - Toronto
Participantes: Eu, MORZIN!, minha irmã, Douglas, Davood (iraniano) e seus pais
Meio de transporte: MINI-VAN alugada!
---------------------------
"Tudo começou... há um tempo atrás...
Na ilha do Sóóóóóóól"


No meu último post, antes da viagem, estava esperando minha irmã. Pois é.. ela chegou várias horas atrasadas pois eles perderam o vôo de conexão nos EUA, graças à simpática imigração americana. Aí convidei o Sérgio e o Helder (ver post anterior) para comerem aqui em casa, já que tinha feito um panelão de macarrão (uma receita secreta, faço para vocês quando eu voltar para o Brasil, mas pergunte para minha irmã se não tava bom eheheheh :-O ) e fomos ver a cidade.

De madrugada foi aquela correria para acordar e quase perdemos o busão...................................
---------------------------
PRIMEIRA PARTE DA VIAGEM

Niagara Falls - Água pá caraio meu! - 1 dia
As cataratas do Iguaçu são maiores, mas Niagara impressiona pela forma de ferradura e pelo volume de água! A cidade em si parece uma mini Las Vegas, bem americanizada, com os casinos e letreiros gigantes, luminosos... Uma cidade artificialmente construida para turistas.
Foi um dia caloroso, cansativo em que tiramos uma siesta nos gramados em frente a cachoeira... Fomos fazer aquele passeio de barco, em que todo mundo ganha uma capa de chuva e chegamos bem perto, até um momento em que não dá para ver mais nada.... e a vida não passa de um monte de gotas se atirando na sua cara.



As famosas quedas de Niagara



A cidade, mais americana do que canadense




Dentro do barco, pertinho da cachoeira



Na frente da Catarata - Douglas, Jú e Serginho Malandro


A próxima parada era NY, e como tem muita coisa para contar e tou com preguiça, depois eu continuo...................... Isso é, se a primeira parte gerar alguma audiência, comentários hahahahaha Vejam o que vocês estão perdendo nas cenas do próximo episódio:

- Jú acorda em um dia de fúria, em que a adrenalina bate e que o desespero se converte em ímpeto consumista.

- Encontramos com... Gabriel, o Pensador? Quase...

- Será que é uma boa idéia ir para uma baladinha em Greenwich Village, à meia noite, de metrô, em NY - a cidade da TOLERÂNCIA ZERO?!

- Nossa louca vizinha de hotel, a temível... velhinha. Será que ela vai invadir nosso quarto e queimar nossas roupas?

- Visitamos o GROUND ZERO, do 9/11... Pesado o clima lá...

- E o fabuloso conflito SHOPPING X TOURISM!

Tudo isso e muito mais, fique ligado hahahahaha Enquanto isso uma mensagem de nosso patrocinador Sr. Osvaldo Tiba:

OPAAAA, meu filho rox!!!
----------------------


hahaha Dia de chuva em NY, reparem na capa de chuva, essa veio de Niagara!! hauahauh Póbre é uma desgraça...


---------------------------
E falando na lição do dia: NÃO EXISTE O AMANHÃ!!! Se bem que... Bem amanhã continuo isso aqui...