- Check my paranoia -

quinta-feira, julho 04, 2002

Vida de programador -> Eita vida bugada…
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Acabei de consertar uns “bugs” sinistros do meu blog... Consertei os comentários que tinham parado de funcionar, então se sintam à vontade para comentar largo ae!
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De segunda para terça varei a noite com meu grupo tentando fazer um programa para o laboratório de redes que não funcionou. Nos reunimos para fazer o PROYETO e o laboratório de redes ao mesmo tempo.
O pior não foi varar a noite na frente da tela do computador tentando fazer aquele programa funcionar, o pior foi que, como o programa de redes não funcionou, o professor achou que não fizemos nada e estávamos tentando enrolá-lo, deve ter achado que nem nos esforçamos para fazer aquela porcaria... ah vsf viu pqp...
Nessa m... de mundo da computação tudo é binário, ou é 0 ou é 1..., ou deu tudo certo, ou deu tudo errado, e apesar disso ás vezes ser ruim, temos que nos conformar com essa regra porque ela também se aplica para a vida em geral... a maioria das coisas é binária.. ou é ou não é, sem espaço para meio termos, meias medidas, meias palavras, meios sentimentos, meias verdades ou meias 3/4 verdes com listras marrons.

Fiquei triste. Muito triste... Dá muita raiva quando seu esforço não é reconhecido e não há como mostrar que, apesar do resultado final, você se esforçou para tentar cumprir a tarefa. Só que não dá para se medir o quanto de sangue que foi derramado na tentativa de se realizar a missão...

Na quarta apresentei o PROYETO que até que foi e fui trampar...
O trampo estava soda, os prazos chegando, todo mundo se agitando, bamos que bamos... Precisava terminar algo urgente porque precisava mandar uma versão do programa para um cara na Bélgica que iria ter que testar o que fizemos até sexta.
Fiquei lá até mais tarde, mas no final deu certo, o que tinha que funfar, funfou. Maravilha.
Me senti muito bem, revigorado, uma pequena fagulha de felicidade essa vida de programador. É uma alegria única ver o seu trabalho funcionando, sua lógica, seus pensamentos sendo executados da maneira que você esperava.
Fiquei imaginando e comparando essa alegria, guardada as devidas proporções, com a que um médico sente quando salva a vida de um paciente.
Claro que o que o médico sente deve ser incomparavelmente maior que o que um programador sente, acho que deve ser maravilhoso o sentimento de salvar a vida de uma pessoa através do seu trabalho e esforço. Mas também, quando as coisas dão erradas, a tristeza e o sentimento de culpa que o médico corre o risco de sentir também é muito maior do que o risco que um programador sente quando seu programa não funciona.
Quanto maior o risco, maior o prazer e maior a queda. Justo. Justíssimo.
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Fui ao céu e ao inferno dos programador em dois dias.
Mas tudo termina bem quando acaba bem... ahuahauhauhauhau
Pepa?