- Check my paranoia -

sábado, junho 29, 2002

Ontem cheguei em casa lá pelas seis da tarde e morri. Pelo menos tinha sobrevivido ao chá.
Ressuscitei hoje umas 9:30.
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Ontem, acordei e minha empregada tinha feito um copo daquele chá para mim. Foi a visão do inferno...
Não iria tomar aquilo de novo nem se me pagassem. A primeira vez até que foi fácil, eu pensei que só precisaria tomar aquilo daquela vez e no dia seguinte já poderia estar dançando o tango argentino, mas quando eu o vi pela segunda vez, estremeci.
Tomar uma vez já tinha sido uma prova de coragem, mas para tomá-lo mais uma vez seria necessário o triplo de coragem. Quando você não sabe como vai ser, dá até para fechar os olhos e vai que vai, mas quando você já sabe o quão ruim é, se torna quase uma tarefa impossível...
Naquela hora o chá me encarou... sabia que eu era um adversário à altura pois já tinha provado que poderia vencê-lo. Por outro lado, eu também sabia quão valoroso era o oponente que estava parado à minha frente. Ainda me lembrava daquela sensação que me dominou por dentro, que me fez parecer que algo ia explodir como naquele trailer do HULK.
Ficamos nos analisando, sabíamos que uma guerra entre nós dois, além de desnecessária, seria extremamente prejudicial para ambos independente do vencedor. Lembrei do filme “A soma de todos os medos” que fala sobre o confronto militar entre EUA e Rússia, em que um país evita atacar o outro porque sabe que uma guerra nuclear entre eles seria prejudicial para os dois e provavelmente acabaria com os dois países devastados. Então eu e o chá entramos em um acordo de paz e resolvemos que não entraríamos em guerra.

Fui para a facul, entreguei um dos trabalhos que era para aquele dia, e fui fazer um trabalho em grupo que era para entregar na outra aula daquele mesmo fatídico dia.
Fizemos o trabalho mais “acoxambrado” (ou “nas coxas”, na verdade só o fizemos para não deixar de fazer) e fomos para a aula. Era uma aula de apresentação dos projetos, e a princípio todos os grupos iriam apresentar no mesmo dia. Nossa intenção era de que não desse tempo para todos apresentarem, como na última apresentação e que pudéssemos apresentar semana que vem. Todos que estavam apresentando tinha feito o trabalho certinho, bonitinho e tal, e começamos a ficar com medo de ter de apresentar nosso trabalho. O professor estava controlando o tempo dos trabalhos, parecia que tudo estava perdido e que teríamos de realmente apresentar nossos trabalhos.
Como víamos que talvez não desse tempo de nós apresentarmos naquele dia, definimos a seguinte estratégia: iríamos ficar fazendo perguntas de modo a alongar a apresentação dos outros.
Depois de muito sufoco, suor, fomos salvos pelo gongo, iríamos apresentar só na próxima semana. Comemoramos aquele fato como se tivéssemos feito um bom trabalho. “Boa grupo! Mandamos muito bem!”.

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Acordei hoje, fui treinar. Depois fui ao hospital (nada mais de chás milagrosos hauahuahauhau). Voltei, até que estou bem. Ou quase. Comprei os remédios indicados, um deles custou 40 reais e vem com apenas 3 cápsulas!! Que absurdo...
Mas tudo está bem, quando termina bem. Ou seja, se o Brasil ganhar amanhã da Alemanha.