- Check my paranoia -

terça-feira, junho 18, 2002

A vida é um jogo?
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Por que gostamos tanto de jogos?
No mundo animal, brincar é visto como sinal de inteligência.
Filhotes de leões brincam simulando situações de combates que o preparam para a vida.
Será que os jogos nos servem para mais coisas do que como simples entretenimentos?
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Pode-se observar nos jogos três táticas comuns a maioria deles.
A primeira tática é o “rush”. O “rush” consiste em um ataque rápido e voraz ao alvo. O que conta no “rush”, e o que deve ser usado como vantagem, é o elemento surpresa, atacar o alvo enquanto ele ainda está vulnerável, fazer um ataque, até mesmo desesperado, para pegar as defesas despreparadas. A principal desvantagem do “rush” é que depende muito da estratégia do outro, e você se expõe muito sem saber o que esperar arrisca-se tudo em algo que se não der certo no começo, terá poucas chances de dar certo no futuro.
A segunda é a tática padrão, ir na manha, calmamente, estudando o adversário, derrubando aos poucos suas barreiras e só então atacar. Essa tática é a mais consistente das três, porém é a mais lenta e não dá resultados se não for muito bem executada. O importante nessa tática é sempre saber o que o adversário está planejando, sempre saber o que está acontecendo para evitar ser pego de surpresa.
A terceira tática é o “fake”. Nessa tática deve-se fazer com que o oponente pense que se vai fazer uma coisa quando na verdade se vai fazer outra. O sucesso dessa tática depende do quão convincente você for. Nessa tática espera-se que o oponente fique confuso, e assim fragilizado. O complicado no “fake” é que, para induzir o adversário a pensar que se vai fazer algo, deve-se gastar muitos recursos, e se ele não cair na sua, a tática tem muitas poucas chances de dar certo.
As táticas variam de acordo com as características do adversário. O mais importante para o sucesso delas, é ter garra, acreditar, lutar até o fim.
Na teoria tudo é mais simples, mas há diversos fatores que influenciam no jogo. Por exemplo, quando se está enfrentando um adversário que se sabe que é difícil, pode-se ficar intimidado. Com medo de errar, você acaba deixando de arriscar e acaba perdendo boas oportunidades. Também se corre o risco de ser dominado pelo medo quando o prêmio em disputa é muito valioso.
Outro fator com que se deve contar, é o fator randômico da sorte. Há fatores que nos afetam que estão além de nossa compreensão. Não adianta tentar entender, deve-se apenas tentar tornar a influência desses fatores o menor possível.
Ainda há muitas coisas a serem pensadas, mas fica-se a questão: “A vida é um jogo” é apenas um clichê barato, ou realmente é uma frase que faz sentido?
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“O fim do jogo é o começo do jogo.” – frase do filme “Corra Lola Corra”.