- Check my paranoia -

terça-feira, julho 30, 2002

Bem fiquei intrigado com a estória da "Chapeuzinho Vermelho" contada no "Jin Roh" e fui pesquisar sobre a "verdadeira" estória da "Chapeuzinho Vermelho". Há várias versões para essa estória originadas de vários países da Europa e Oriente. A mais popular delas é a adaptação dos irmão Grimm em que a menina vai visitar a avó e depois é salva pelo lenhador. Um final feliz e bonitinho para se contar para as criancinhas.
Porém há uma outra versão adaptada por Paul Delarue que tem várias versões similares dela. A estória contada no "Jin Roh" é uma versão bastante similar a essa:
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"Chapeuzinho Vermelho"

Era uma vez uma pequena garota apelidada de "Chapeuzinho Vermelho". Um dia sua mãe lhe fez uma nova roupa para usar, uma roupa feita exclusivamente de metal.
Ela disse então para a menina, "Estou indo morar na floresta, apenas quando você tiver gastado essa roupa, você deve me visitar".
Então a garota, resignada, acatou a decisão da mãe, lhe disse adeus e começou a trabalhar usando aquela roupa de metal.
Todos os dias ela se esfregava nas paredes de sua casa, esperando que a roupa se gastasse logo. Todos os dias, dia após dia, ela se esfregava nas paredes até que sua roupa foi se tornando cada vez mais fina, mais fina e mais fina até que se rasgou. Cheia de felicidade, ela então preparou um lanche com pães, manteiga e bolinhos para sua mãe, para dar de presente a ela, e partiu para a cabana dela na floresta.
No caminho, pouco antes dela entrar na floresta, ela encontrou um lobo que lhe pediu alguns bolinhos e pães. Ela negou, afinal era um presente para sua querida mãe. Contrariado, o lobo perguntou se ela ia viajar pela estrada dos alfinetes ou pela estrada das agulhas. A jovem menina respondeu que iria pela estrada dos alfinetes.
Então, o lobo foi correndo pela estrada das agulhas e logo bateu na porta da cabana da mãe de Chapeuzinho.
"Quem é?" perguntou a mãe da garota.
"Sou eu, sua filha, vim lhe trazer bolinhos e pães." E assim que a mãe abriu a porta, o lobo a matou e comeu a maior parte dela.
Algum tempo depois, a garota finalmente chegou na cabana de sua mãe. Batendo à porta, ouviu uma estranha voz, que presumiu ser de sua mãe: "quem está aí?"
"Sou eu, sua filha, vim lhe trazer bolinhos e pães mãe! Já gastei toda roupa de metal e vim lhe visitar."
"Entre filha, a porta não está fechada!" Mas a porta estava fechada e a garotinha teve que entrar por um buraco que tinha na porta.
Uma vez dentro, ela percebeu que sua mãe estava na cama. Depois de uma longa caminhada pela floresta, a garota estava faminta, e então disse para sua mãe: "Mãe, estou com fome, afinal essa foi uma viagem longa e demorada."
Então ouviu como resposta: "Há carne no armário que você pode comer para saciar sua fome".
E então, quando a garotinha estava para comer a carne do armário, subitamente um gato pulou de cima dele e disse para a garota: "Não coma essa carne, porque essa é a carne de sua mãe, que foi assassinada pelo lobo que agora dorme em sua cama."
Então a garotinha disse a sua mãe: "Mãe esse gato diz que essa carne que estou para comer é a sua carne!”
E sua mãe então lhe respondeu: "Certamente este gato está mentindo, afinal não vê que estou viva e bem, não estou falando com você agora mesmo? Jogue um pau em um gato mentiroso como esse e coma a carne para satisfazer sua fome."
Depois de comer, a garota sentiu sede, e sua mãe lhe falou: “Tem uma garrafa de vinho perto da lareira criança, beba e satisfaça sua sede”.
E a garota foi para a lareira e quando pegou a garrafa, um passarinho entrou pela lareira e chiou: "Pequena garota, não beba desse vinho porque é na verdade o sangue de sua mãe, que foi morta pelo lobo que agora deita em sua cama..."
E a garota disse isso para sua mãe: "Mãe tem um passarinho aqui que disse que esse vinho tinto que estou para beber é na verdade o seu sangue e que você foi morta por um lobo que agora deita em seu lugar!"
E veio a resposta: "Criança, não estou aqui viva e bem? Jogue sua capa em um passarinho mentiroso com esse, e beba seu vinho em paz para aplacar sua sede.” Então a garota assim o fez, bebeu o vinho sem derramar uma gota.
Depois de beber e comer até se sentir satisfeita, a menina sentiu um enorme sono. Então sua mãe lhe falou, “Venha criança e descanse ao meu lado como antigamente.” E a garota andou até sua mãe e se despiu. Ajeitou com cuidado suas roupas de algodão e de lã e subiu em cima das cobertas para descansar. Foi então que ela viu sua mãe, lhe encarando bem estranhamente.
“Nossa mãe,” ela exclamou, “que orelhas grandes você tem!”
“Assim posso lhe ouvir melhor, minha criança”
“Nossa mãe,” a garota continuou, “que olhos grandes você tem!”
“Somente o melhor para poder lhe ver, minha criança.”
“Mas mãe que mãos grandes você tem!” - a garota exclamou.
“É melhor para lhe abraçar, minha querida!”
“Oh mãe, mas que dentes grandes e afiados e que boca terrível você tem!” - a garota gritou.
“É para poder lhe comer melhor!” - o lobo disse, avançando sobre a garota. Logo ele a devorou, retalhando sua carne e seus ossos, ignorando seus gritos até que satisfez sua fome.
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Violenta essa estória, né? Traumatizante affe...