- Check my paranoia -

segunda-feira, setembro 02, 2002

Oscilação - fim de semana.
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Sábado – fomos em 8 para uma missão de reconhecimento da casa do Mars no Guarujá. Objetivo: analisar a viabilidade de dar uma mega festa no próximo fim de semana.
Resultados obtidos: excelentes.
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A casa avaliada parecia uma dessas casas do Big Brother. Da piscina e do jardim dava para ver boa parte do interior da casa porque as “paredes internas” eram de vidro. E dava para ver também a sala onde ficam as churrasqueiras e alguns sofás. Já tínhamos ido lá umas vezes, mas depois que o pai do Mars reformou a casa conseguiu ficar ainda melhor! E no condomínio (acho que se chamava Acapulco).. affe só tinham casas sem noção e carros caros que doem...
A missão começou bem atrasada, como é de costume. Logo de saída, já me perdi, bem na verdade me perdi durante todo o caminho, a pior parte foi dentro do condomínio, bem mas isso também é de costume. Chegamos à noite sem nenhum suprimento, é.. maldito costume.
Chegamos, nos alojamos e iniciamos o ataque ao bar do seu Márcio. Tudo autorizado, claro... (posteriormente :P). Fomos comprar as coisas para um churras e heroicamente conseguimos fazer a hidro-massagem, a cascata e a sauna funcionarem. E ainda conseguimos acender a churrasqueira que estava causando e não queria acender de jeito nenhum...
No final como só tinha homem na casa foi uma zuação geral sem que tivéssemos que nos preocupar em queimar nosso filme hauahuahauhau bem louco... E tinha sempre o combo malako: piscina-hidro-sauna que era o “oh do borogodó”.... ê vidão...
Detalhe que pela primeira vez vi o Frogo pedir pinico para bebida hauahauhauhauhau A regra do shot de pinga era a seguite: Se um dos três quisessem chamar uma dose os outros dois tinham que aceitar ou gritar: Pinico!! Dos três que brincamos disso, só eu não pedi pinico... Tudo bem que o Frogo também bebeu muito mais do que eu, mas eu não pedi pinico... :P E o Morto “no comments”.. fraquiiiiiiiiiiinho :P :P
Ah... e graças a mim o Frog não virou sapo assado. Ainda bem que eu o resgatei da sauna hauahauhauahuahauahhau
Foi uma noite de bagunça geral em que o comitê aprovou largooo a realização da mega festa!! Bamos que bamos Marzera! O Guarujá fica a 90 km de Sampa.. seria como uma baladinha um pouco mais longe, mas sinto lhes dizer que vale a pena!
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Fui embora domingo de manhã porque tinha missa de 7 anos da minha mãe, a última que os budistas fazem para os mortos. A próxima será realizada só daqui uns 20 anos... Deve ser uma missa muito importante porque veio parente de tudo quanto é lugar. Fiquei espantado com a quantidade de parente que eu tenho que eu não conheço... Tinha por volta de uns 130 entre Tibas e Takemiyas... affe...
Ainda tava meio com os resquícios da noite meio junkie mas agüentei firme e fui para a missa. Não sei se foi o lugar, as pessoas ou a ocasião, mas mesmo com o sono, durante a missa me vieram muitos pensamentos sobre tudo. Não vou colocar meus pensamentos no papel, não agora, porque teria de organizá-los e condensá-los e isso me dá muita preguiça.
Mas vou colocar alguns pensamentos que me vieram durante o discurso da oradora. Apesar dela falar em um portuñol sofrível e apesar do discurso dela ter alguns momentos bem pepas do tipo “...então temos o conceito da dor da perda do ente querido, o que nós budistas chamamos de: a dor da perda do ente querido...” (muita força de vontade nessa hora para não rir), tiveram algumas partes dele que me fizeram pensar. Ela discursou principalmente sobre a efemeridade das coisas, e sobre os valores que cada um assume para sua vida.
O que eu acho é que uma vez que aceitamos que as coisas são mesmo efêmeras, podemos seguir duas linhas: a linha “porra-louca”: já que as coisas acabam mesmo, bamos que bamos rush gogogo tentar aproveitar o máximo de tudo que seja possível; e a linha “qualidade de vida”: que consistem em dar o máximo valor a cada coisa vivida, tentar aproveitar cada coisa o máximo.
Bem, acho que não podemos nem sempre ser somente “porra-louca” nem ser somente “qualidade de vida”, temos de lidar com a fragilidade das coisas como quem lida com um churrasco, tendo jogo de cintura e sensibilidade para perceber os momentos certos de cada coisa. Às vezes temos de jogar água para abaixar o fogo e não queimar a carne, e ás vezes temos de jogar ar para aumentar o fogo. Temos de tentar aproveitar o máximo possível, mas temos de tomar muito cuidado para não fecharmos os olhos para as oportunidades únicas que se abrem em nosso caminho, temos de saber dar valor às coisas e ás pessoas, antes que o tempo destrua tudo. Faz tempo que aceitei a fugacidade de tudo, e mesmo assim ainda acredito no conceito de eternidade.
Algumas coisas me fazem realmente pensar que, o fato das coisas não serem eternas não lhe impede de acreditar que elas podem ser. E essa imaginação, essa ilusão, não é algo ruim, na verdade, essa crença é uma das coisas que move o ser humano: essa busca pela eternidade das coisas nas curtas frações de tempo em que elas existem.
Mas tudo bem, isso é assunto para o “XX Congresso de Senhoras Budistas” que está acontecendo no Anhembi... Bem, se você é mulher, budista e tem mais de 45 anos, não pode perder essa chance... não sei até quando vai... :P
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